São teus olhos que me trazem paz.
No dia que se encerra,
Na noite que cai.
Seja no doce da tua boca,
Ou no silêncio que se faz.
Vejo teus olhos perdidos,
Na paisagem que se vai.
Cabeça segue outro rumo,
Passa boi, passa pasto.
Até que o silêncio se desfaz.
Me questiono sobre o mundo,
Sob mira de olhos tais.
Me afogo em poesia,
Deixando os questionamentos pra trás.
Mas não consigo esquecer.
Na verdade, esquecer não quero.
Escrevo, penso, insisto.
Me despeço, viro, sigo.
Me afasto, fumo, leio um livro.
Viro a página.
Troco de mundo.
Não penso mais.
Na verdade, penso.
Mas não assumo.