Quem sou eu

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Rio das Ostras, RJ, Brazil
"Sou apenas um caminhante, Que perdeu o medo de se perder. Estou seguro de que sou imperfeito. Podem me chamar de louco. Podem zombar das minhas ideias. Não Importa! O que importa é que sou um caminhante. Que vende sonho aos passantes. Não tenho buússola nem agenda. Não tenho nada, mas tenho tudo. Sou apenas um caminhante, À procura de mim mesmo. "(Livro - O Vendedor de Sonhos)

segunda-feira, 30 de março de 2015

Cartas

Ela jogava cartas,
Da janela de casa.
Não estava a procura de homem,
Procurava uma namorada.

Dor

Meu coração tem amor.
Só não tem nome.
Codinome, talvez,
Dor.

Bendito Olhar

Bendito é o olho,
Que enxerga além do corpo.
Que vê a alma,
A tempestade anunciada.

Bendito é o olho,
Que vê o choro,
Escondido por trás do sorriso.
Que abraça apertado com o olhar.

Num mundo de olhares perdidos,
Um olhar sincero,
Nos olhos,
Consegue me envergonhar.

sábado, 28 de março de 2015

Teu Corpo

São teus versos simples,
Tua alma calma.
Acalenta a alma,
Sossega o corpo.

São os ossos do teu corpo.
As curvas das tuas linhas.
Um mapa mundi.
Com suas voltas, suas curvas.
Sobressalentes pocinhas.

Teu corpo é uma eterna poesia.
Seja ele realidade ou fantasia.
Teu corpo é a linha,
Entre a sanidade e a loucura.
Na dúvida, fico em cima do muro.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Bom Dia

Desejo-lhe bom dia.
Que uma flor lhe cruze a avenida,
Que o sorriso seja sua partida.
Que teus olhos pequeninos,
De quem acabará de acordar,
Leia linhas tão simples,
Feiras pra lhe agradar.

Que o resultado,
Seja um sorriso.
O sentimento,
Seja fraterno, amigo.

Que não se esqueças,
Por um segundo sequer,
Que a felicidade,
Só próspera em quem a quer.

E não se esqueça,
De me desejar bom dia.
Contar o teu sonho,
Que teve comigo.

Que a saudade lhe aperta o peito,
Que não tem mais jeito.
Que você não dorme,
Sem falar comigo.

Teu Olhar

Ela tem os olhos doce.
Pensei que fosse,
Miragem, talvez.
Ela com seu doce olhar,
Me fez lembrar,
De quando a vi pela primeira vez

Num domingo de tarde,
Ou sábado, não sei.
Ela caminhava no mar.
Pés na areia,
Cabeça no ar.
Meu olhar cruzou com o dela,
Fez-se brisa no ar.
Não me lembro se verdes, castanhos ou azuis.
Me lembro da luz,
Daquele olhar.

E ainda hoje quando te vejo,
Te beijo, sonhando acordado,
Preso no teu olhar, encantado.
E quando estou ao teu lado,
Ainda sinto brisa do mar.

Teu olhar me conquistou.
Hoje, faço juras de amor.
Juro pra sempre me lembrar.
Não do dia, nem hora.
Mas do teu olhar.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Deus do Impossível

Quando tudo escurece,
Quando o mar se levanta.
Minha alma enfraquece.

Tua Voz me levanta,
Me tira da lama.
Me faz prosseguir.

Meu vício se faz forte.
Mas Tu és minha sorte.
E a morte não pode vencer.

Deus do impossível.
Que me tira do abismo.
E de todos os riscos,
Eu quero só me perder.

Me perder nos Teus braços.
Sentir teu abraço firme.
E lembrar que meu mundo,
Se perde sem Você.

Deus do impossível,
Não desista de mim.
Pois quero chegar ao fim.
Sem esmorecer.

Amanhecer nos Teus átrios.
Me lavar em Teu pátio.
Nos Teus pés me render.

Deus do impossível.
Faça possível ser.

Teu Sol

Tua janela se abre.
Traz o sol de fim de tarde.
Guarda o sol de meio-dia.

Fazem dias que te adio,
Como tarde de domingo.
Que seguramos pra não passar.

Quando minha chuva vem,
Te faço abrigo,
Pra minha água não te molhar.

Pois o meu tempo não é firme,
Mas teu Sol se faz presente.
Às vezes, trazendo um arco colorido no céu.
Quase tão encantador quanto a íris dos teus olhos.

Tua janela se abre,
Não importa se cedo ou tarde.
Mostra aos passantes o Sol,
Que antes dormia.

Tempestade

Amanheço,
Sol não vejo.
Relampejo.
Tempestade irá chegar.

Assopro forte.
Sou ventania.
Sou chuva forte,
Sou massa fria.

Sou tempestade,
Em copo d'água me formo...

Eu vou cair.
Firme, forte.
Mas logo irei passar.

Companheiro

Somos meninos,
Brincando de gente.
Somos pequeninos,
Pequenas crianças.
Mantemos viva a esperança.
No peito, a lembrança.
As dores passadas.

Somos filhos de Cristo.
Renascidos da Graça.
Outrora, vivíamos a desgraça do mundo.
Imundos de corpo e alma.

Somos hoje,
Lavados e remidos.
Estamos limpos.
Vivendo em fé.

Estamos em pé.
Às vezes, a passos miúdos.
Pois somos crianças,
Não somos adultos.

Mas seguimos em frente.
Descansamos em Deus.
Pois o melhor nos prometeu,
E em breve virá.

Digo-lhe o que ouvi hoje.
Os dias de luta passaram,
Os dias de lágrimas ficaram.
A semente plantada.
Se prepara,
Pois a colheira virá.

Éramos amigos.
Hoje, irmãos em Cristo.
Amanhã, a Ele caberá.

Meu pensamento,
Caminha contigo.
E teu sorriso,
Faço me acompanhar.

Não te digo pra que cole comigo.
Pois meu caminho,
Não sei onde dará.

Mas prometo,
Ser companheiro.
Um lugar certeiro,
Pra se abrigar.
Abro pra ti o meu peito,
Te respeito.
Mas não queira de mim se afastar.

sábado, 21 de março de 2015

Recomeço

Eu me desfaço em versos,
Trago tua poesia comigo.
Teu corpo, tuas curvas,
Teu olhar e sorriso.

Lhe trago,
Suprindo assim,
A minha falta de cigarro.
Bebo tua beleza.
De corpo, sorriso e alma.

E essa última,
Tenho por beleza maior.
Tua alma simples,
Quero saber de cór.

Eu me refaço em versos.
Me desfaço e recomeço.
Minhas palavras, meço.
Mas sob teu olhar me perco.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Quando o Coração Pede Paz

Quando o coração pede paz,
Desfaz-se os laços corroídos.
Abraça-se mais fortes os amigos,
Procura-se novos sorrisos.

Quando o coração pede calma,
É porque a alma,
Se cansou de sofrer.
Fecham-se as portas amorosas,
Abrindo as portas do viver.

Coração pede pra se perder.
Coração, pede pra bater.
Pede pra deixar de apanhar.
Pede pra não mais sofrer.

Coração quando cansa,
Já não bate mais forte,
Não se acredita na sorte,
Não tem mais o querer.

Coração quando quer paz.
Pede somente o silêncio.
Que a alma se aquiete aqui dentro.
Feito calmaria no mar.

Sem amor.
Sem despedidas.
Somente,
Viver a vida.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Teimosia

Me escondo dos Teus olhos.
Na verdade, finjo me esconder.
Sei que estou ao Teu alcance.
Sei que nada posso fazer.

Meu coração aflito,
Inventa motivos,
Pra me afastar.
Meu coração,
Segue ferido,
Sem se consertar.

Às vezes lembro.
De quando éramos amigos,
Quando visitava o teu jardim.
Eu sempre te abraçava tão forte,
Parecia que a sorte,
Voltava pra mim.

Não temia a morte,
Pois ela era a ponte,
Pro que sempre quis.
Sonhava contigo,
Te tinha como amigo,
Talvez eu fosse feliz.

Não me lembro bem.
Lembro de detalhes.
Das tardes, no quarto orando,
Dos dias de desespero chorando.
O quanto quis ver salva a minha família.

Sei que vou voltar.
Mas insisto em resistir.
Mas agradeço,
Por  sempre cuidar de mim.

terça-feira, 17 de março de 2015

Pra Te Acalmar

Pra te acalmar eu faço,
Canção, poesia ou retrato.
Saio até do trabalho mais cedo.
Pra te acalmar te abraço,
Espanto de ti o medo.

Pra te acalmar eu deito,
Ao teu lado e te espero dormir.
Pra te acalmar,
Deixo de lado os meus compromissos,
Fico por aqui.

Pra te acalmar, meu bem.
Eu posso até me afastar.
Deixar-te nos braços de outro ser,
Ou vê-la pra longe voar.
Pra longe do meu ver e querer.

Pra te acalmar te beijo a testa,
Lhe afago a alma.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Eu Quero Você

Eu quero conhecer,
Todas as suas versões.
Todas as extensões do teu ser.

Eu quero amanhecer,
Ouvindo o seu dormir.
Eu quero acordar,
Vendo você sorrir.

Eu quero o desespero.
Mas depois da briga,
Quero teu beijo.

Eu quero a tua dormida.
Quero ser da tua casa, a guarita.
Eu quero ter a vida,
Que você sempre sonhou.

Eu quero nossos filhos,
Correndo pela varanda.
Eu quero ouvir choro de madrugada,
Trocar fralda de criança.

Eu quero a dança do teu corpo.
O suor do teu esforço.
O gosto do teu prazer.

Eu quero a vida ao teu lado,
Com direito ao pecado,
Que duas almas podem cometer.

Mas no fim,
Quero a paz.
Quando exausto nosso corpo jaz,
Quero deitar e lhe ver dormir.

Feliz

Eu te encontrei,
Quando andava perdido.
Quando não mais sentia.
Quando não mais vivia.

Eu te encontrei,
E foi como um sonho.
Meu ser tão tristonho.
Voltou a sorrir.

E eu tive medo,
De me lançar nesse abismo.
Mas abracei o risco,
E me lancei pra você.

E hoje, o medo persiste,
Mas só de olhar nos teus olhos,
O medo desiste.
Dando lugar ao sorriso.

Pois em ti sou abrigo.
Sou rico.
Sou o homem mais feliz

domingo, 15 de março de 2015

Canino

Chego em casa,
Teu rabo abana.
Pula, me suja, me irrita.
Parece criança.

E não entendo o porquê,
De tanta saudade.
Parece não saber,
Que eu sempre volto mais tarde.

Ele corre,
Ele pula,
Ele late.
Avisa a todos que eu já cheguei.
O motivo de tanto amor,
Eu ainda não sei.

Só sei que minha vida,
Seria vazia.
Se um dia eu chegasse,
E você lá não estivesse.

Pois se me entende,
Escute minha prece.
Eu sei que você me aborrece,
Mas viver sem você eu não sei.

Não suma,
Não desapareça.
E nunca se esqueça.
Meu mundo é menor sem você.

Teu beijo

Teu beijo guardo,
Como um presente.
Um lembrete.
Sorridente sorriso.

Teu beijo guardo,
Num retrato,
Com afago,
Com eterno carinho.

Teu beijo lembro,
Teu veneno.
Pelo meu sangue corrido.

Teu beijo doce.
Teu beijo vivo.

O Suicida

Desfaço as malas,
De bagagens vividas
Retiro as marcas,
As desgraças sofridas.

Tomo uma dose,
De qualquer bebida.
Meu último trago.

Refaço os preparos,
Pra minha despedida.
Separo as facas,
Uma arma,
A corda,
O banco,
A forma ainda não foi decidida.

O fato é que o fim chegou,
Estou hoje de partida.
Cansei desse mundo,
Dos sonhos,
Cansei dessa vida.

Talvez eu não morra.
Mas há tempos não vivo.
Sobrevivo apenas.
E sei que pra muitos,
Não fará diferença.

De qualquer forma me despeço,
Dsse mundo que mal me entreguei.
Desse mundo que mal conheci.
Nesse mundo que pouco vivi.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Coração

Bate coração.
Parte pra longe dessa tua dor.
Leva contigo a esperança,
Deixe pra trás o teu desamor.

Parte coração.
Segue teu rumo só.
Sacode o pó deixado,
Desata dessa forca o nó.

Não morra coração.
Não pare de bater.
Pois se sabe que na vida,
Só vive quem se deixa viver.

Bate coração.
Cansado de apanhar.
Vai ver o sol se pôr.
Beijar o mar.

Pois a vida não espera, coração.
Abra mão da solidão.
Não espere o tempo passar.
Vai lá, pule desse rio,
Nade nesse mar.

Ame a si.
Mas se permita amar.

Passarinho

Lhe vejo voar, passarinho.
Andando vagarinho.
Tuas asas,
Tua dança.
Quanta graça esbanja.

Quando teu olhar cruza com o meu,
Desvio envergonhado.
Te observar é minha sina, passarinho.
Mas não me deixe acanhado.

Vejo teu vôo.
Voa, voa com maestria.
Qual é teu endereço, passarinho?
O que faz da tua vida?

Pois quando voar pra longe,
Guarde um tempo pra mim.
Deixarei um pouco de água,
Guardarei comida.
Cultivarei um jardim.

Passarinho canta,
Enquanto escrevo.
Faço do teu samba, enredo.
E entro nessa dança,
Meio sem jeito.

Meu amigo passarinho,
Lhe desejo amor e carinho.
Ao longo do teu caminho.
Mas quanto estiver com um tempinho,
Passe aqui pra me ver.

terça-feira, 10 de março de 2015

A Verdade

A verdade dói,
Feito tapa na cara.
A verdade corta,
Feito faca.
Mas será que sara?

A verdade é um choque,
Ao coração iludido.
Até ontem, era seu amor.
Agora, não somos mais que amigos.

A verdade dói.
Corrói
A verdade também mata.
De imediato, a ilusão.
Posteriormente, o coração.

A verdade só cura,
Quem a anuncia.
Quem a recebe,
Geralmente chora.
Na melhor das hipóteses,
Se entrega às bebidas.

A verdade é que a verdade corrói.
Feito ferrugem no aço.
Me pergunto se é melhor a ilusão,
Ou o descaso.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Sozinho

Vias tais desse meu caminho.
Sigo sozinho,
Por medo de me machucar.
Solitário aflito,
Corro o risco.
De nunca me machucar.

Corro só por esse caminho.
Não tenho família,
Não tenho filhos.
Tenho sobrinhos.

Uma porrada!
Não tenho um caso,
Nem namorada.

Sigo só nessa estrada.
Não meço os estragos sofridos.
Retalho o peito,
Sangro a alma.
Sigo só e sozinho.

Hoje vi um sorriso.
Desejei, por alguns segundos,
Andar sobre outros trilhos.
Mas ela passou,
Nem mesmo soube seu nome.
Ela, vira a esquina e some.
Deve agora estar,
Nos braços de outro homem.

Pois mulher igual aquela,
Não merece viver sozinha.
Merece afago,
Amor e carinho.

E eu?
Mereço viver sozinho.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Meu Rei

Te beijei doce,
Pensei eu que fosse,
Assim te salvar.
Encostei nos teus lábios,
Teu gosto salgado,
Me lembrou o gosto do mar.

Senti calafrios.
Olhei pro teu riso,
Então, comecei a chorar.
Seu rosto sem vida,
Tua pele pálida,
Teus olhos de mar.

Tua vida sofrida,
Se finda.
Quando a minha veio a começar
Tua vida aguerrida,
Seu suor, sua trilha.
Restou pra me guiar.

Seguirei firme,
Forte e valente.
Sem me amedrontar.
Seguirei fiel,
Farei meu papel,
Só pra te orgulhar.

Meu rei.
Meu céu.
Na sua longa vida,
Fizeste o seu papel.