Quem sou eu

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Rio das Ostras, RJ, Brazil
"Sou apenas um caminhante, Que perdeu o medo de se perder. Estou seguro de que sou imperfeito. Podem me chamar de louco. Podem zombar das minhas ideias. Não Importa! O que importa é que sou um caminhante. Que vende sonho aos passantes. Não tenho buússola nem agenda. Não tenho nada, mas tenho tudo. Sou apenas um caminhante, À procura de mim mesmo. "(Livro - O Vendedor de Sonhos)

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Fim do Dia

São teus olhos que me trazem paz.
No dia que se encerra,
Na noite que cai.
Seja no doce da tua boca,
Ou no silêncio que se faz.

Vejo teus olhos perdidos,
Na paisagem que se vai.
Cabeça segue outro rumo,
Passa boi, passa pasto.
Até que o silêncio se desfaz.

Me questiono sobre o mundo,
Sob mira de olhos tais.
Me afogo em poesia,
Deixando os questionamentos pra trás.

Mas não consigo esquecer.
Na verdade, esquecer não quero.
Escrevo, penso, insisto.

Me despeço, viro, sigo.
Me afasto, fumo, leio um livro.

Viro a página.
Troco de mundo.
Não penso mais.
Na verdade, penso.
Mas não assumo.

Mãe

Todo filho chora,
Quando a mãe vai embora.
Todo filho sofre,
Quando se fecha a porta.

O coração corta.
A lágrima desce.
Criança pequenina,
Sozinha com quem não conhece.

Filho ficou na creche,
Mãe ao ouvir o choro se compadece.
Se pudesse, não deixaria.
Mas o pai morreu,
E não pode mais deixá-lo na tia.

Mas a criança depois esquece.
Com o tempo se acostuma.

Depois cresce, nem lembra disso.
Se acha dono do mundo.
Só volta a lembrar da mãe,
Quando jaz no túmulo.

De Mim

Te perdi.
Vagando em mim.
Te procurei,
Mas não estava mais ali.

Chorei.
Senti.
Pois tudo que precisava,
Era de você aqui.

Roguei aos deuses,
Chamei teu nome.
Mas não te vi.
Nem mesmo lhe senti.

Então vaguei pelo mundo,
E me larguei por aí.
Não mais sofri.

Sorri.
Descobri,
Que só precisava de mim.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Saudade

Nas vielas dessa cidade,
Sobra-me tudo.
Em excesso, saudade.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Queimada

Vi a chama ardendo,
Vi a mata queimando.
Vi os animais fugindo,
Vi passarinho chorando.

Era incontrolável,
Tanto o fogo quanto a ignorância.
Destruíram a mata pra fazer casa,
Destruindo morada pra fazer morada.

Regresso desenfreado,
Maquiado de processo.
Morre o futuro, a vida, o mundo,
Por conta da ganância e luxo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sonho

São teus olhos,
Quando se encontram com os meus.
O tempo que pára,
A música que toca.
O embalo dos nossos corpos.

É essa dança lenta,
Esse som suave.
Você traz as chaves,
Abre meu peito.
Enquanto dançamos,
Você me deixa vermelho.

É o teu beijo doce,
Teu leve sorriso.
É esse todo teu encanto,
Que eu amo tanto.
Não sei se danço ou canto.

É essa minha saudade,
Essa tua coragem.
Essa tua bondade,
Que traz no peito.

Conquistará meu sorriso,
Meu afeto,
Meu respeito.

É esse teu jeito.
Esse teu xamego.

É essa minha fantasia
Achei ser real,
Mas acordei,
Você já não existia.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O Tempo

Bendito seja o tempo,
Que lento passa,
E me deixa aproveitar a vida.
Pois a vida é curta,
Mas quando o tempo vaga lento,
Sinto o vento da sorte,
Um beijo da brisa.

O tempo é rei.
E só eu sei o quanto errei,
Deixando-o passar.
Pois tudo que passa, não volta.
Não se recupera jamais.

O mestre tempo caminha.
Às vezes corre, eu sei.
Mas veja hoje, dia 12.
Primeiro mês.
Quantos beijos eu dei?
Quantos sorrisos roubei?
Quantos corações conquistei?

"A vida é curta,"
Dizia a canção.
A vida só é curta pra quem não tem coração.
Não sente na pele a emoção.
Pois quando se sente, o tempo não voa,
Retrocede.
Pois todo amor vivido nos rejuvenesce.
Nos enriquece a alma.

Todo amor vivido,
Não é tempo perdido.
É tempo recuperado.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Somente em Ti

Só não menti,
Pois não merecia.
Dos sorrisos, o teu foi mais belo,
Tão belo que até hoje lembro.
E mesmo com o passar do tempo,
Ainda é o que mais quero.


É estranho falar de ti no passado,
Se presente está no meu pensamento.
Nas canções que ouço,
Nas poesias, no quarto,
Em todo o apartamento.


Não foi amor de momento,
Se foi pra ti, lamento.
Mas pra mim foi firmamento seguro,
Fincado no peito do poeta que lhe escreve,
Pra te fazer lembrar que o amor ainda vive.
Remanesce, teimoso, o sentimento


Agora pareço doente.
Tenho febres constantes,
Alucinações absurdas.
Ouço teus passos na escada,
Vejo teu rosto nas ruas.


Meu amor é teu.
Selado, lacrado em meu peito.
Meu amor é teu por direito.
E pelo direito de ir e vir,
Te espero aqui.
Sentado na mesma mesa,
Naquele mesmo bar vazio.
Esperando aquele mesmo sorriso,
Que mudou minha vida pra sempre.