Quem sou eu

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Rio das Ostras, RJ, Brazil
"Sou apenas um caminhante, Que perdeu o medo de se perder. Estou seguro de que sou imperfeito. Podem me chamar de louco. Podem zombar das minhas ideias. Não Importa! O que importa é que sou um caminhante. Que vende sonho aos passantes. Não tenho buússola nem agenda. Não tenho nada, mas tenho tudo. Sou apenas um caminhante, À procura de mim mesmo. "(Livro - O Vendedor de Sonhos)

domingo, 2 de agosto de 2015

Gerando Filhos

Genesis 30:1-24

"Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me filhos, senão eu morro."

Hoje, me vi lendo esse longo texto e meditando sobre ele. Cheguei a uma conclusão assustadora.
Raquel, mulher de Jacó, achava que não poderia ter filhos. E vendo que sua irmã gerava, teve inveja e quis filhos também.
Num desespero de gerar, Raquel dá a sua serva a Jacó para que gere filhos em seu lugar. Aquele velho "jeitinho" brasileiro tem raízes bem antigas...
Quantas vezes nós, filhos da promessa de Deus, não agimos com nossas próprias mãos? Queremos acelerar o processo de Deus. Queremos dar a luz aquilo que ainda não foi formado. Nascem assim, os filhos prematuros. Ministérios fracos, deficientes, deformados.
Raquel era a mulher amada de Jacó, mas só gerou o filho que mudaria o rumo de toda a história israelita no tempo que Deus quis.
Que venhamos esperar o tempo de Deus para nossas vidas, para não gerarmos ministérios frustrados.
Temos em nosso ventre, filhos que mudarão o destino de uma nação inteira.
Filhos gerados fora do tempo de Deus não possuem história, não possuem vida. Os filhos gerados pela serva de Raquel não foram nada além de figurantes.
Os nossos filhos estão sendo gerados. Os de alguns, até já nasceram. Não se desespere em ver os filhos dos seus irmãos nascendo. No tempo certo, o teu também nascerá.

Boa noite. Fiquem com Deus.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

A Dança

Eu me embriaguei de vestígios,
Mergulhei em lembranças,
Bebi todas as doses de esperança.

E me esqueci que o amor é uma música,
Que se não souber ouvir,
Você dança.

O amor é uma dança
E eu nunca vi ninguém,
Sofrer dançando.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Me alimento de livros e letras,
Poesias e sonetos.
Me alimento de palavras,
De versos e rimas.
E por eles, me faço inteiro.

domingo, 19 de julho de 2015

Pá Furada

Cubra-me com Tua mão,
Fortalece a minh' alma.
Pois a nuvem negra me cobriu,
E não vejo nada à minha frente.

Receba-me em Tua casa,
Recolhido em Teu peito,
Pois de Ti, descanso anseio.

Resgate-me, ó Deus,
Pois os meus olhos se cobriram.
E pra distante da Tua glória eu fui.
Mas o que tenho eu longe de Ti?

Resgate-me, Senhor.
Recolha-me em Teus braços,
Pois em Ti encontro abrigo.

Pois longe de Ti,
Sou pá furada.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Me Tens

Eu, a cada dia percebo,
Não ser perfeito.
E meus erros assumo.
E nas minhas poesias,
Meus dramas descubro.

Eu nunca quis mudar o mundo.
O meu a cada dia eu mudo.
Hoje não mais discuto.
Não mais grito.
Se não tiver de mim amor,
Talvez, tenha um sorriso.

E se meu sorriso torto não te agrada,
Não me incomoda o espanto.
Eu já me preocupei tanto em ser agrado,
Que não me afogo mais em tragos.

Trago comigo somente o que é bom.
Trago os abraços apertados,
Os sorrisos dados,
O amor não pedido.

Trago comigo o que é bom,
E guardo o som da Tua voz.
Eu já fui pó,
Já fui só e solidão.
Mas hoje não.

Me aceito como sou.
E se recebi tanto do Teu amor,
Compatilho com outro a sensação.

Um dia, serei melhor.
E insisto em me aproximar a cada dia.
Te tenho como Senhor,
Me tens como companhia.

Meu foco,
Há dias mudou.
Me mudou com o Teu amor,
E desde então,
Nada mais é igual.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Quanta Saudade Sinto

Eu só queria te ter por perto por mais um dia.
Ver teu sorriso,
Tua alegria.

Te ver cozinhar,
Suas piadinhas.
Te deixar ouvir,
Tua música favorita.

E só Deus sabe,
O quanto te queria em vida.
Te ver em Cristo,
Dar outro rumo a sua trilha.

Eu ainda sinto saudades.
Na verdade,
Quase todos os dias.
E se me pareço contigo,
Me orgulho.
Pois com todos os seu defeitos,
Te amarei por toda a vida.

Meu irmão mais velho,
Quanta saudade sinto.
Quanta saudade choro.
E nessa falta insisto.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Carta de Adeus

Acredito que,
Nessa minha mania de inventar amores,
Definitivamente, eu fui longe demais.
E entre tantos outros amores,
Acho que nenhum,
Tirou tanto a minha paz.

Procurei me afastar,
Mas não consegui.
Tentei até te odiar,
Mas fracassei.
E mais uma vez,
Só eu que amei.

Mas, o que mais me aborrece,
É jogar fora os planos,
Que só eu sonhei.
É reler as cartas,
Reler os versos escritos,
E ver, que nunca os entregarei.

Eu me rendo.
Como soldado cansado e ferido,
Eu me entrego.
E mesmo sabendo,
Que, provavelmente,
Não lerá meus versos.
Deixo-os aqui escrito.
Meu último suspiro,
Meu último grito.

E reconheço hoje,
O fato que mais me dói.
Saber que eu e você,
Nunca seremos nós.

Eu não te amei em silêncio.
Eu, definitivamente,
Não mais te espero.
Deixo-lhe aqui,
Meus últimos versos.
Nessa carta de adeus.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Viver e Não Ter a Vergonha de Ser Feliz

Talvez, eu não seja dono de muitos talentos,
Mas se tem um que eu tento manter é a poesia.
Pois é ela que me beija,
Ao nascer do dia,
É ela que me deita,
Quando a noite se finda.

Eu me denomino poeta,
Não por ser escritor.
Mas por aceitar em mim a poesia.

E nesse rio de palavras,
Expresso minha dor e alegria.
Pois a vida tem suas tramas,
Mas se eu fizer dela um samba,
Posso até cantar que ela é bonita.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Amizade

Abraço dado,
Despedida.
Mantém os laços,
Segue-se a vida.

As nossas feridas expostas,
Nossos segredos confessos.
Restam-nos,
Os sorrisos e os versos.

Ah, os versos,
Da nossa imensidão de ser.
Aprendemos com a vida,
E não nos privamos de viver.

Amizade simples.
São sorrisos,
Contos e histórias.

E no contar das horas,
De nossas vidas corridas,
Resta a nós,
A saudade e a poesia.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Versos

Eu abraço os versos,
Faço deles travesseiro.
Se tivessem cheiro,
Seriam o meu perfume.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Ser Teu

Que meu coração seja Teu,
Que o meu louvou seja Teu.
Faça do meu coração o Teu altar.
Que noite e dia está a Te adorar.

Que acima de tudo,
Meu coração seja Teu.
Que meus sonhos sejam Teus,
Que meus amores sejam os Teus.
Que os meus planos sejam os Teus.
Pois não tenho eu,
Nada alem de Ti.

Reina em mim,
Amado da minh'alma.
Pois meu coração é Teu.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

No Silêncio

É no silêncio que a vida pesa,
Que o coração aperta,
E a mente voa.

Revisamos nossas vidas,
Reabrimos as feridas,
Reatamos nossos laços.

Nos abraçamos em pensamento,
Vagamos pelo extenso caminho do nosso ser.
Revisamos o nosso viver.

É no silencio que nos perdemos.
É no silêncio que nos achamos.
Fazemos do silêncio necessidade,
Pra mantermos a sanidade,
Ao longo dos anos.

É no silêncio que hoje habito.
Na ausência de amores e amigos.
É no silêncio que eu me traço,
Me defino e decido,
O caminho por qual eu sigo.

É no silêncio que eu me perco.
É no mesmo silêncio que eu me acho.

Flor do Meu Jardim

Eu te embalo nessa dança,
Te giro pela vida a fora.
Te tenho nos meus braços,
Te afago e te beijo.

Eu te cheiro,
E deixo meu cheiro contigo.
Seguro tua mão.

E nas noites de frio,
Eu deito contigo,
Te abraço apertado,
Vigio teu sono.

Eu te faço promessas,
Juras infinitas.
Sento na tua varanda,
Rego tuas plantas,
Te faço flor no meu jardim.

Eu tenho a vida ao teu lado,
Você tem tudo de mim.

domingo, 31 de maio de 2015

Gostos

Eu gosto das entrelinhas,
Às vezes, gosto de ser direto.
Mas, acima de tudo,
Sou sincero.

Sei bem o que quero,
Sei também do que preciso.
Eu sei das minhas mazelas,
Das minhas loucuras,
E meus riscos.

Aprendi a saber onde piso.
Não digo que sou doença,
Mas também não posso dizer ser a cura.

Sou garoto envergonhado,
Doutras, homem maduro.

E nos meus gostos,
Exponho minha loucura.
Posso ser louco, maluco.
Isso não mude talvez.
Mas não confunda minha loucura,
Com insensatez.

Gosto da calmaria,
Mas quando o mar se agita,
Me ganha de vez.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Motivos

Às vezes, só precisamos de um motivo.
Um sorriso.
Um incentivo.
Às vezes, só alguém,
Pra nos mostrar que não estamos sozinhos.

Não importa,
Se é bom moço ou bandido,
Precisamos de um ombro amigo.
Porque ninguém é feliz sozinho.

Não venho defender ninguém,
Venho expor meu coração aflito.
Vejo um mundo vazio.
Onde se tacam mais pedras,
Do que se dá carinho.

Se soubéssemos,
O poder de um sorriso...
Teríamos um motivo a mais,
Teríamos um pouco mais de paz.

"Mundo vazio melhore.
Melhore muito,
Melhore mais."

Sonho com um mundo mais amigo,
Onde conflitos se resolvam com sorrisos.
Não os irônicos,
Mas os sadios.

Sei que é um sonho infantil,
Sua realização, impossível.
Mas não quero seguir pra esse abismo,
Prefiro seguir na contramão,
Desse mundo maligno.

Ainda não tenho paz no coração,
Sei que ainda há um longo caminho.
E sei que me perdi por aí,
Esqueci dos meus objetivos.
Eu sei dos meus pecados,
Como humano, como tio,
Como irmão e como filho.

Que essa poesia,
Me sirva pra não mais viver em vão,
E não mais andar perdido.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Eu Escolhi Esperar

Ela deita na esteira,
Olhando pro céu.
Pára pra pensar.
Eu olho seus olhos perdidos,
Seu leve sorriso.
Impossível não se encantar.

Ela não precisa dizer,
Eu não preciso perguntar.
Conheço cada curva,
Desse seu olhar.

Deito ao teu lado,
Beijo teu rosto.
Observo o infinito,
Sentindo teu gosto.

Pois meu futuro é uma promessa.
Te ter comigo, uma esperança.
Se Deus quiser,
Te vejo de pé,
E te coloco uma aliança.

Até lá, a gente dança.
Essa música suave,
Com suas alternâncias.

Enquanto isso,
A gente dança.
Assiste o tempo passar.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Escravidão

Às vezes,
Meu maior defeito,
É ser apressado.
Ter a faca,
E o queijo na mão,
E já querer lamber o prato.

E o acaso,
Que outrora,
Fora amigo do meu coração,
Me deixou na lona.
Caído no chão.

E eu até acharia graça,
De tal desgraça,
Se não fosse a contradição.
Horas livre, liberto.
Outras cativo.

E nesse piso escorregadio,
Piso em ovos,
Deslizo.
E chego a certa conclusão:

O que me impede de ficar em pé,
Às vezes, não é a falta de vontade,
E sim, a aderência desse chão.

Mudam-se as desculpas,
Multiplicam-se as mazelas.
Malditas marcas,
Dos tempos de escravidão.

O que impede um escravo de ser livre,
Não é a liberdade concedida,
E sim, a mudança de posição.

Acredite ser um escravo,
E escravo sempre será.
Liberte sua mente,
E nem a mais forte corrente,
Poderá lhe segurar.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Bicho Homem

O choro é livre.
Mas o choro é dor.
Homem não chora,
Nem por dor, nem por amor.

Pois o homem não é livre pra chorar.
Nem pra amar.
Pois homem de verdade não ama.
Se ama, chora.
Se chora, sofre.
O homem não tem tal sorte.

Homem que é homem bate,
Não apanha.
Homem não chora e nem sangra.
Homem que sangra é morto.
Pois o sangue trás choro.

Homem não chora,
Não sente,
Não ama.

Homem que é homem,
Acha que é homem.
Mas no fundo,
É só um monstro.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Vento Só

Corre o vento só,
Fazia festa entra as folhas.
Espalha bolhas de sabão.
Levanta poeira do chão.

Corre o vento vivo.
Está só, mas não sozinho.
Tem a imensidão do mundo,
Está em todo lugar.

Corre o vento só.
Mas onda no mar.
Leva o barquinho pra lá,
Trás o barquinho pra cá.

Vento só.
A vários nós,
Que se desfazem.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Sobre Ser Teu Filho

Eu nasci pra ser Teu filho,
Nadar nos Teus rios,
Em Tua mesa comer.
Eu nasci pra ser Teu filho,
Receber do teu Espírito,
Em Tuas asas me proteger.

Pois Teu amor me comprou,
O preço foi pago.
E longe dos Teus braços,
Não sei mais viver.

O bom filho a casa torna,
Teu azeite se entorna.
A aliança se refaz.
Pois em Ti descanso,
Em Ti tenho paz.

Sou Teu filho por direito,
Não por merecimento.
Teu sangue derramado,
Foi a forma de pagamento.

Fui comprado.
Alto preço pago.
Não pra ser escravo,
Mas liberdade ter.

Sou Teu filho, repito.
Para o mundo inteiro saber.
Sou Teu filho.
Não faço questão de esconder.

Sou Teu filho.
Reconhecido em cartório.
De papel passado.
Sou Teu filho,
E Tu és o meu Pai amado.

Acordo todos os dias,
Agradeço por vivo estar.
Por sorrir, comer e cantar.

Pois Tua luz me cobriu,
Desde então,
Meu rosto sorriu.
Meu céu se abriu.

És o Filho de Davi.
Rei dos Reis

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Vacilão

Vacilão,
Desce a favela,
Com arma na mão.
Mal sabe ele,
Que tem morte encomendada.
Próxima parada,
Caixão.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Me Descobrir

Se anda se perguntando quem sou,
Como sou e o que quero.
Descobrirá somente,
Quando olhar nos meu olhos,
Me ver pessoalmente.

Se quer me conhecer,
Tem que sentir meus olhos,
Olhar meu sorriso.

Posso não ser o melhor,
Até porquê, nunca tentei ser.
Mas se quer, de fato, me conhecer.
Terá que me olhar,
Me sentir.
Pois, caso contrário,
Serei sempre o estranho,
Que te faz sorrir.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Bom dia

Quando nada fizer sentido,
Quero apenas,
Que lhe sobre o amor.
Pois o amor cura as feridas,
As marcas,
Que o tempo deixou.

Que você descubra,
O amor sincero.
O amor verdadeiro.
Aquele que é maior que a tudo,
Maior que o dinheiro,
Maior que a si mesmo.

Pois o amor,
Nada pede em troca.
Amor não é moeda.
Amor se entrega,
Apenas por se querer bem,
Não faz mal a si,
Nem a ninguém.

O amor é o sentimento mais puro,
Sublime.
O amor verdadeiro lhe faz seguir,
Não deixando que desanime.

Desejo, nessa quinta.
Que você receba mais que carinho.
Que transborde amor,
Que sinta o amor,
Que seja amor.

Amor por si,
Por mim,
Pelo próximo.
Pois se não houver amor,
Nada seremos.
Sobreviveremos apenas.
Não importa as línguas ditas,
Sem amor, nada seríamos.

Mas eu desejo mais ainda.
Desejo que o amor,
Lhe vire rotina.
E que ao acordar,
Sorria.
Pois o amor,
Lhe mandou bom dia.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Cartas

Ela jogava cartas,
Da janela de casa.
Não estava a procura de homem,
Procurava uma namorada.

Dor

Meu coração tem amor.
Só não tem nome.
Codinome, talvez,
Dor.

Bendito Olhar

Bendito é o olho,
Que enxerga além do corpo.
Que vê a alma,
A tempestade anunciada.

Bendito é o olho,
Que vê o choro,
Escondido por trás do sorriso.
Que abraça apertado com o olhar.

Num mundo de olhares perdidos,
Um olhar sincero,
Nos olhos,
Consegue me envergonhar.

sábado, 28 de março de 2015

Teu Corpo

São teus versos simples,
Tua alma calma.
Acalenta a alma,
Sossega o corpo.

São os ossos do teu corpo.
As curvas das tuas linhas.
Um mapa mundi.
Com suas voltas, suas curvas.
Sobressalentes pocinhas.

Teu corpo é uma eterna poesia.
Seja ele realidade ou fantasia.
Teu corpo é a linha,
Entre a sanidade e a loucura.
Na dúvida, fico em cima do muro.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Bom Dia

Desejo-lhe bom dia.
Que uma flor lhe cruze a avenida,
Que o sorriso seja sua partida.
Que teus olhos pequeninos,
De quem acabará de acordar,
Leia linhas tão simples,
Feiras pra lhe agradar.

Que o resultado,
Seja um sorriso.
O sentimento,
Seja fraterno, amigo.

Que não se esqueças,
Por um segundo sequer,
Que a felicidade,
Só próspera em quem a quer.

E não se esqueça,
De me desejar bom dia.
Contar o teu sonho,
Que teve comigo.

Que a saudade lhe aperta o peito,
Que não tem mais jeito.
Que você não dorme,
Sem falar comigo.

Teu Olhar

Ela tem os olhos doce.
Pensei que fosse,
Miragem, talvez.
Ela com seu doce olhar,
Me fez lembrar,
De quando a vi pela primeira vez

Num domingo de tarde,
Ou sábado, não sei.
Ela caminhava no mar.
Pés na areia,
Cabeça no ar.
Meu olhar cruzou com o dela,
Fez-se brisa no ar.
Não me lembro se verdes, castanhos ou azuis.
Me lembro da luz,
Daquele olhar.

E ainda hoje quando te vejo,
Te beijo, sonhando acordado,
Preso no teu olhar, encantado.
E quando estou ao teu lado,
Ainda sinto brisa do mar.

Teu olhar me conquistou.
Hoje, faço juras de amor.
Juro pra sempre me lembrar.
Não do dia, nem hora.
Mas do teu olhar.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Deus do Impossível

Quando tudo escurece,
Quando o mar se levanta.
Minha alma enfraquece.

Tua Voz me levanta,
Me tira da lama.
Me faz prosseguir.

Meu vício se faz forte.
Mas Tu és minha sorte.
E a morte não pode vencer.

Deus do impossível.
Que me tira do abismo.
E de todos os riscos,
Eu quero só me perder.

Me perder nos Teus braços.
Sentir teu abraço firme.
E lembrar que meu mundo,
Se perde sem Você.

Deus do impossível,
Não desista de mim.
Pois quero chegar ao fim.
Sem esmorecer.

Amanhecer nos Teus átrios.
Me lavar em Teu pátio.
Nos Teus pés me render.

Deus do impossível.
Faça possível ser.

Teu Sol

Tua janela se abre.
Traz o sol de fim de tarde.
Guarda o sol de meio-dia.

Fazem dias que te adio,
Como tarde de domingo.
Que seguramos pra não passar.

Quando minha chuva vem,
Te faço abrigo,
Pra minha água não te molhar.

Pois o meu tempo não é firme,
Mas teu Sol se faz presente.
Às vezes, trazendo um arco colorido no céu.
Quase tão encantador quanto a íris dos teus olhos.

Tua janela se abre,
Não importa se cedo ou tarde.
Mostra aos passantes o Sol,
Que antes dormia.

Tempestade

Amanheço,
Sol não vejo.
Relampejo.
Tempestade irá chegar.

Assopro forte.
Sou ventania.
Sou chuva forte,
Sou massa fria.

Sou tempestade,
Em copo d'água me formo...

Eu vou cair.
Firme, forte.
Mas logo irei passar.

Companheiro

Somos meninos,
Brincando de gente.
Somos pequeninos,
Pequenas crianças.
Mantemos viva a esperança.
No peito, a lembrança.
As dores passadas.

Somos filhos de Cristo.
Renascidos da Graça.
Outrora, vivíamos a desgraça do mundo.
Imundos de corpo e alma.

Somos hoje,
Lavados e remidos.
Estamos limpos.
Vivendo em fé.

Estamos em pé.
Às vezes, a passos miúdos.
Pois somos crianças,
Não somos adultos.

Mas seguimos em frente.
Descansamos em Deus.
Pois o melhor nos prometeu,
E em breve virá.

Digo-lhe o que ouvi hoje.
Os dias de luta passaram,
Os dias de lágrimas ficaram.
A semente plantada.
Se prepara,
Pois a colheira virá.

Éramos amigos.
Hoje, irmãos em Cristo.
Amanhã, a Ele caberá.

Meu pensamento,
Caminha contigo.
E teu sorriso,
Faço me acompanhar.

Não te digo pra que cole comigo.
Pois meu caminho,
Não sei onde dará.

Mas prometo,
Ser companheiro.
Um lugar certeiro,
Pra se abrigar.
Abro pra ti o meu peito,
Te respeito.
Mas não queira de mim se afastar.

sábado, 21 de março de 2015

Recomeço

Eu me desfaço em versos,
Trago tua poesia comigo.
Teu corpo, tuas curvas,
Teu olhar e sorriso.

Lhe trago,
Suprindo assim,
A minha falta de cigarro.
Bebo tua beleza.
De corpo, sorriso e alma.

E essa última,
Tenho por beleza maior.
Tua alma simples,
Quero saber de cór.

Eu me refaço em versos.
Me desfaço e recomeço.
Minhas palavras, meço.
Mas sob teu olhar me perco.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Quando o Coração Pede Paz

Quando o coração pede paz,
Desfaz-se os laços corroídos.
Abraça-se mais fortes os amigos,
Procura-se novos sorrisos.

Quando o coração pede calma,
É porque a alma,
Se cansou de sofrer.
Fecham-se as portas amorosas,
Abrindo as portas do viver.

Coração pede pra se perder.
Coração, pede pra bater.
Pede pra deixar de apanhar.
Pede pra não mais sofrer.

Coração quando cansa,
Já não bate mais forte,
Não se acredita na sorte,
Não tem mais o querer.

Coração quando quer paz.
Pede somente o silêncio.
Que a alma se aquiete aqui dentro.
Feito calmaria no mar.

Sem amor.
Sem despedidas.
Somente,
Viver a vida.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Teimosia

Me escondo dos Teus olhos.
Na verdade, finjo me esconder.
Sei que estou ao Teu alcance.
Sei que nada posso fazer.

Meu coração aflito,
Inventa motivos,
Pra me afastar.
Meu coração,
Segue ferido,
Sem se consertar.

Às vezes lembro.
De quando éramos amigos,
Quando visitava o teu jardim.
Eu sempre te abraçava tão forte,
Parecia que a sorte,
Voltava pra mim.

Não temia a morte,
Pois ela era a ponte,
Pro que sempre quis.
Sonhava contigo,
Te tinha como amigo,
Talvez eu fosse feliz.

Não me lembro bem.
Lembro de detalhes.
Das tardes, no quarto orando,
Dos dias de desespero chorando.
O quanto quis ver salva a minha família.

Sei que vou voltar.
Mas insisto em resistir.
Mas agradeço,
Por  sempre cuidar de mim.

terça-feira, 17 de março de 2015

Pra Te Acalmar

Pra te acalmar eu faço,
Canção, poesia ou retrato.
Saio até do trabalho mais cedo.
Pra te acalmar te abraço,
Espanto de ti o medo.

Pra te acalmar eu deito,
Ao teu lado e te espero dormir.
Pra te acalmar,
Deixo de lado os meus compromissos,
Fico por aqui.

Pra te acalmar, meu bem.
Eu posso até me afastar.
Deixar-te nos braços de outro ser,
Ou vê-la pra longe voar.
Pra longe do meu ver e querer.

Pra te acalmar te beijo a testa,
Lhe afago a alma.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Eu Quero Você

Eu quero conhecer,
Todas as suas versões.
Todas as extensões do teu ser.

Eu quero amanhecer,
Ouvindo o seu dormir.
Eu quero acordar,
Vendo você sorrir.

Eu quero o desespero.
Mas depois da briga,
Quero teu beijo.

Eu quero a tua dormida.
Quero ser da tua casa, a guarita.
Eu quero ter a vida,
Que você sempre sonhou.

Eu quero nossos filhos,
Correndo pela varanda.
Eu quero ouvir choro de madrugada,
Trocar fralda de criança.

Eu quero a dança do teu corpo.
O suor do teu esforço.
O gosto do teu prazer.

Eu quero a vida ao teu lado,
Com direito ao pecado,
Que duas almas podem cometer.

Mas no fim,
Quero a paz.
Quando exausto nosso corpo jaz,
Quero deitar e lhe ver dormir.

Feliz

Eu te encontrei,
Quando andava perdido.
Quando não mais sentia.
Quando não mais vivia.

Eu te encontrei,
E foi como um sonho.
Meu ser tão tristonho.
Voltou a sorrir.

E eu tive medo,
De me lançar nesse abismo.
Mas abracei o risco,
E me lancei pra você.

E hoje, o medo persiste,
Mas só de olhar nos teus olhos,
O medo desiste.
Dando lugar ao sorriso.

Pois em ti sou abrigo.
Sou rico.
Sou o homem mais feliz

domingo, 15 de março de 2015

Canino

Chego em casa,
Teu rabo abana.
Pula, me suja, me irrita.
Parece criança.

E não entendo o porquê,
De tanta saudade.
Parece não saber,
Que eu sempre volto mais tarde.

Ele corre,
Ele pula,
Ele late.
Avisa a todos que eu já cheguei.
O motivo de tanto amor,
Eu ainda não sei.

Só sei que minha vida,
Seria vazia.
Se um dia eu chegasse,
E você lá não estivesse.

Pois se me entende,
Escute minha prece.
Eu sei que você me aborrece,
Mas viver sem você eu não sei.

Não suma,
Não desapareça.
E nunca se esqueça.
Meu mundo é menor sem você.

Teu beijo

Teu beijo guardo,
Como um presente.
Um lembrete.
Sorridente sorriso.

Teu beijo guardo,
Num retrato,
Com afago,
Com eterno carinho.

Teu beijo lembro,
Teu veneno.
Pelo meu sangue corrido.

Teu beijo doce.
Teu beijo vivo.

O Suicida

Desfaço as malas,
De bagagens vividas
Retiro as marcas,
As desgraças sofridas.

Tomo uma dose,
De qualquer bebida.
Meu último trago.

Refaço os preparos,
Pra minha despedida.
Separo as facas,
Uma arma,
A corda,
O banco,
A forma ainda não foi decidida.

O fato é que o fim chegou,
Estou hoje de partida.
Cansei desse mundo,
Dos sonhos,
Cansei dessa vida.

Talvez eu não morra.
Mas há tempos não vivo.
Sobrevivo apenas.
E sei que pra muitos,
Não fará diferença.

De qualquer forma me despeço,
Dsse mundo que mal me entreguei.
Desse mundo que mal conheci.
Nesse mundo que pouco vivi.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Coração

Bate coração.
Parte pra longe dessa tua dor.
Leva contigo a esperança,
Deixe pra trás o teu desamor.

Parte coração.
Segue teu rumo só.
Sacode o pó deixado,
Desata dessa forca o nó.

Não morra coração.
Não pare de bater.
Pois se sabe que na vida,
Só vive quem se deixa viver.

Bate coração.
Cansado de apanhar.
Vai ver o sol se pôr.
Beijar o mar.

Pois a vida não espera, coração.
Abra mão da solidão.
Não espere o tempo passar.
Vai lá, pule desse rio,
Nade nesse mar.

Ame a si.
Mas se permita amar.

Passarinho

Lhe vejo voar, passarinho.
Andando vagarinho.
Tuas asas,
Tua dança.
Quanta graça esbanja.

Quando teu olhar cruza com o meu,
Desvio envergonhado.
Te observar é minha sina, passarinho.
Mas não me deixe acanhado.

Vejo teu vôo.
Voa, voa com maestria.
Qual é teu endereço, passarinho?
O que faz da tua vida?

Pois quando voar pra longe,
Guarde um tempo pra mim.
Deixarei um pouco de água,
Guardarei comida.
Cultivarei um jardim.

Passarinho canta,
Enquanto escrevo.
Faço do teu samba, enredo.
E entro nessa dança,
Meio sem jeito.

Meu amigo passarinho,
Lhe desejo amor e carinho.
Ao longo do teu caminho.
Mas quanto estiver com um tempinho,
Passe aqui pra me ver.

terça-feira, 10 de março de 2015

A Verdade

A verdade dói,
Feito tapa na cara.
A verdade corta,
Feito faca.
Mas será que sara?

A verdade é um choque,
Ao coração iludido.
Até ontem, era seu amor.
Agora, não somos mais que amigos.

A verdade dói.
Corrói
A verdade também mata.
De imediato, a ilusão.
Posteriormente, o coração.

A verdade só cura,
Quem a anuncia.
Quem a recebe,
Geralmente chora.
Na melhor das hipóteses,
Se entrega às bebidas.

A verdade é que a verdade corrói.
Feito ferrugem no aço.
Me pergunto se é melhor a ilusão,
Ou o descaso.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Sozinho

Vias tais desse meu caminho.
Sigo sozinho,
Por medo de me machucar.
Solitário aflito,
Corro o risco.
De nunca me machucar.

Corro só por esse caminho.
Não tenho família,
Não tenho filhos.
Tenho sobrinhos.

Uma porrada!
Não tenho um caso,
Nem namorada.

Sigo só nessa estrada.
Não meço os estragos sofridos.
Retalho o peito,
Sangro a alma.
Sigo só e sozinho.

Hoje vi um sorriso.
Desejei, por alguns segundos,
Andar sobre outros trilhos.
Mas ela passou,
Nem mesmo soube seu nome.
Ela, vira a esquina e some.
Deve agora estar,
Nos braços de outro homem.

Pois mulher igual aquela,
Não merece viver sozinha.
Merece afago,
Amor e carinho.

E eu?
Mereço viver sozinho.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Meu Rei

Te beijei doce,
Pensei eu que fosse,
Assim te salvar.
Encostei nos teus lábios,
Teu gosto salgado,
Me lembrou o gosto do mar.

Senti calafrios.
Olhei pro teu riso,
Então, comecei a chorar.
Seu rosto sem vida,
Tua pele pálida,
Teus olhos de mar.

Tua vida sofrida,
Se finda.
Quando a minha veio a começar
Tua vida aguerrida,
Seu suor, sua trilha.
Restou pra me guiar.

Seguirei firme,
Forte e valente.
Sem me amedrontar.
Seguirei fiel,
Farei meu papel,
Só pra te orgulhar.

Meu rei.
Meu céu.
Na sua longa vida,
Fizeste o seu papel.

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Meu Mar

Ah, o mar...
Quem irá me escutar,
Nos dias de loucura?
Quem irá me afogar,
Com tamanha doçura?

Teu som me acalma.
Tua água gelada,
O quebrar de tuas ondas.
Como não te amar?

Quantas saudades senti,
E ainda não sei como,
Penso em partir,
Pra longe de tuas águas, meu mar.

Mas confesso,
Ter o coração dividido.
Não sei se ainda sou mar,
Ou agora sou rio.

Mas prometo nunca me esquecer,
Dos nossos momentos vividos.
De como é sincero o meu sorriso,
Quando venho te visitar.

Ainda iremos ler muitos livros,
Voltarei, pra que conheça meus filhos.
E um dia, ainda volto a ter casa no mar.

Meu mar.
Meu amor mais sincero.
Espero,
Que esteja aqui quando eu voltar.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Tiro Certeiro

Abaixei meu escudo por um instante.
Teu tiro certeiro,
Foi fulminante.
E eu nem vi de onde partiu,
Não sei se foi de pistola ou fuzil.

Teu tiro certeiro,
Acertou o meu peito,
Em cheio.
E agora, não consigo respirar.

Quando achei que tivesse vencido,
Me encontro caído.
Moribundo no chão.
Esse teu amor bandido,
Me deixou ferido,
A beira da morte,
Deitado no chão.

Tua arma fatal.
Me matou pela boca,
Com seu tiro certeiro,
Quando disse não.

Agora, não sei o meu destino.
Me encontro despido,
Com meu orgulho em sua mão.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Amador

Poeta amador.
Tanto amou (a dor),
Que hoje não reconhece a felicidade.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Poeta Esquecido

Poeta esquecido,
Escreve poesias na beira do rio.
Descreve sua vida em versos,
Desejando que o inverso,
Tivesse acontecido.

Poeta esquecido,.
Não tem suas poesias,
Nas folhas de um livro.
Se amanhã morrer,
Poucos saberão que um dia foi vivo.

Poeta esquecido,
Escreve poesias para suas amantes,
Também pros amigos.
Nunca foi governante,
Quiçá fora rico.

Poeta esquecido,
Já foi homem maduro,
Agora velho, é menino.

Traz no bolso caneta,
E papel amassado.
No peito o rasgo,
De tanto ter vivido.

Poeta esquecido não chora (mais),
Nem nega a sorte,
De todo esse tempo,
O mundo ter sentido.

Poeta esquecido,
Quem me dera,
Ter a sorte,
De ter te conhecido.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O Amor

O amor bateu a minha porta,
Veja só que ironia.
O amor bateu a minha porta,
Quando eu menos queria.

O amor me envolveu,
Veja só que alegria.
O amor me envolveu,
Quando eu menos o sentia.

O amor me rendeu,
Veja só que magia.
O amor me rendeu,
Quando eu mais rugia.

O amor me bateu.
O amor me envolveu.
O amor me rendeu.
E assim descobri,
Que esse amor existia.

Menina Morena

Menina morena,
Que mistérios trazes contigo?
Menina morena,
O teu beijo eu trago comigo.

Quão doce é teu sorriso, morena.
Que teus pedaços trago na lembrança.
Trago tuas fotos,
Os teus vestidos.
Trago os passos da tua dança.

Tu és tão linda, morena.
Que nos meus sonhos tu já habita.
Sonho acordado, deitado.
Sonho contigo por toda vida.

Menina morena,
Quanta saudade senti.
Nunca mais parto sem teu abraço,
Nunca mais saio sem te sentir.

Voltei pra tua casa, morena.
Vamos deitar e dormir.
Deixe as janelas abertas, morena.
Deixe o vizinho ouvir.

E se o sábado for pequeno,
Temos todo o domingo.
Pra matar a saudade do teu corpo,
Pra me ter contigo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Meu Jeito

Eu não sou moleque,
Muito menos criança.
Se quer ficar comigo,
Então entre na dança.

Não corro atrás,
Nem dou muitas chances.
Se não quer dessa vez,
Então passe adiante.

Não sou amante de uma noite,
Mas posso abrir excessão.
Até beijo sua boca,
Te levo no seu portão.

Mas não se engane comigo,
Eu sou poeta,
Mas não sou romantismo.
E só trato bem,
Quem eu quero comigo.

Se quiser ficar,
Faça por merecer.
Uma coisa eu prometo,
Não vai se arrepender.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Seguindo

Ando distraído,
Nessa estrada escondida.
Parece estranha, curta.
Denominam-a "vida".

Às vezes vazia,
Triste, incompreensiva.
Outras feliz,
Alegre, vivida.

Vejo pessoas passando,
Sonhando, sorrindo.
Vejo gente voltando,
Cabisbaixo, abatido.

Me questiono o motivo.
Depois desisto.
Apenas sigo.
Ainda observando os passantes seguindo.

Sigo em frente,
Olhando mais para os lados,
Do que para o caminho seguido.
Sigo, sigo, sigo.

Espírito de Velho

Espírito de velho me habita,
Quase que por toda a vida.
E hoje não seria diferente.

Existem coisas que mexem com a gente,
Seja o passar dos anos,
A morte ou algo típico da nossa mente.

Mais uma volta concluída,
Mais um ciclo rompido.
Mais um dia vencido.
Ou quase isso.

São 24 anos de carreira,
Quase todos de poesia,
Poucos dele de amores,
Quase todos de alegria.

Hoje a dor se retira,
Como se nunca houvesse existido.
Meu amigo, hoje eu fui só alegria.
Mesmo sem ter bebido.

Recomeço o ciclo.
Recomeço a vida.
O mundo continua o mesmo,
Mas nunca a minha vida.

E já fi poesias pra tanta gente,
Que até perdi a conta.
Mas sinceramente,
Hoje essa poesia é minha.

São 24 anos de sucesso.
Nem sempre seguindo o rumo dos outros.
Todos nascemos diferentes,
E eu aceitei os meus riscos.
Posso não ser o melhor,
Mas o pior, duvido.

Não tenho orgulho ferido,
Não tenho mazelas pendentes,
Nem tenho meio sorriso.

Quer um conselho sincero?
Não me acompanha,
Porque eu não sou novela.
Mas se tem disposição,
Cola comigo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A Lua

A lua encantada,
Pede ao passante serenata.
Dá um sorriso ensaiado

A lua, quase não mais admirada,
Se sente largada.
Mergulhada à solidão.

A lua quase não pede nada,
Mas quer ser observada,
E disso, não abre mão.

Pois então, quando seguir seu caminho,
Olhe, pelo menos uma vez, para o céu sorrindo,
E cante pra ela uma canção.

Não se esqueça de admirar o que é bonito,
Pois se deixar pra mais tarde,
Terá vivido em vão.

Não acumule riquezas,
Se não puder admirar a beleza,
Que a riqueza não pode comprar.
Tenha isso como conselho,
Tenha por si o respeito,
De não viver em vão.

Nós

Por você mudei meu sobrenome,
Deixei de ser menino pra ser homem.
Larguei meu quarto por sua janela.
Eu deixei você ver quem eu era.

Eu te entreguei a cópia da minha chave,
Te dei total passagem.
Lhe dei as coordenadas do meu caminho.
Eu te dei carinho.
E todo amor que podia sentir.

Eu fiz tanta coisa sozinho,
Que demorei a entender,
Que somente junto faria sentido.

Do "Eu", nasceu "Nós".
Uma troca justa,
Pra dar sentido a nossa história.
Agora já não vejo a hora,
De te olhar na porta,
Seguindo o caminho do altar.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Anjo Sem Asa

Você desce as escadas,
Anjo sem asa.
Traz seu sorriso,
Pra minha vida sem graça.

Ouço seus passos,
Seu andar leve.
Levando e te olho.
Te peço pra que me espere

Pego minhas coisas,
Te sigo pelo caminho.
Eu antes, andava sozinho,
Agora, ando contigo.

Anjo sem asa,
Me levando de casa,
Do meu mundo sem graça,
Direto pro seu sorriso

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Favela

Amanhece na favela.
Moleque novo,
Pés descalços,
Vai descendo as vielas.

Numa mão traz sua arma,
Objetivo de estimação.
Na outra, a carga,
Pra reabastecer os irmãos.

Seus amigos de infância,
Quase todos já morreram.
Os que sobraram,
Dizem que se converteram.
Vão pra igreja, trabalham.
De servente ou pedreiro.
Todo mês dão dízimo.
Mas às vezes, dão um cheiro.
Mudaram-se os crimes,
Mas o pecado é o mesmo.

Amanhece na favela,
O moleque, pés descalços, dobra a esquina.
Dá de cara com os pm's,
Sacramentando sua sina.

Tenta fugir,
Leva um golpe rasteiro.
Dois tiros,
Um na cara e um no peito.

Choro na favela,
Dia que iniciava,
Agora se encerra.
Mãe desce aos prantos,
Pedindo a Deus pra que não seja o filho dela.
Mas era.

Agora é só choro e vela.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Algum Lugar

Os deuses vão vir me buscar.
Em algum momento,
Em algum lugar.
Vão levar minha alma pulsante.
Só não sei pra onde.
Mas com certeza,
Pra algum lugar.

Eu sei.
Mesmo sem saber, eu sei.
E não me pergunte você.
Pois eu só sei que sei.
Sem saber porquê.

Os deuses vão me levar.
Minha hora chegará.
E quando chegar, eu sei.
Vou pro mesmo lugar que vocês.

Espero que seja um lugar incomum,
Mas pode ser,
Que eu não vá a lugar algum.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Talvez

Talvez, tudo que eu queira,
Seja o teu sorriso.
Ao meu lado ao amanhecer,
Acordando comigo.

Talvez, eu até desista da minha loucura,
Só pra ficar tranquilo na tua.
Andar de mãos dadas na rua.

Talvez, eu queira viajar no final de semana,
Fazer planos pra nossas crianças,
Envelhecer sem te deixar na lembrança.

Talvez, eu até largue a bebida,
Deixe de lado o cigarro.
Limpo o meu pulmão,
Deixo o figado regenerado.
Só pra viver mais ao teu lado.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Fim do Dia

São teus olhos que me trazem paz.
No dia que se encerra,
Na noite que cai.
Seja no doce da tua boca,
Ou no silêncio que se faz.

Vejo teus olhos perdidos,
Na paisagem que se vai.
Cabeça segue outro rumo,
Passa boi, passa pasto.
Até que o silêncio se desfaz.

Me questiono sobre o mundo,
Sob mira de olhos tais.
Me afogo em poesia,
Deixando os questionamentos pra trás.

Mas não consigo esquecer.
Na verdade, esquecer não quero.
Escrevo, penso, insisto.

Me despeço, viro, sigo.
Me afasto, fumo, leio um livro.

Viro a página.
Troco de mundo.
Não penso mais.
Na verdade, penso.
Mas não assumo.

Mãe

Todo filho chora,
Quando a mãe vai embora.
Todo filho sofre,
Quando se fecha a porta.

O coração corta.
A lágrima desce.
Criança pequenina,
Sozinha com quem não conhece.

Filho ficou na creche,
Mãe ao ouvir o choro se compadece.
Se pudesse, não deixaria.
Mas o pai morreu,
E não pode mais deixá-lo na tia.

Mas a criança depois esquece.
Com o tempo se acostuma.

Depois cresce, nem lembra disso.
Se acha dono do mundo.
Só volta a lembrar da mãe,
Quando jaz no túmulo.

De Mim

Te perdi.
Vagando em mim.
Te procurei,
Mas não estava mais ali.

Chorei.
Senti.
Pois tudo que precisava,
Era de você aqui.

Roguei aos deuses,
Chamei teu nome.
Mas não te vi.
Nem mesmo lhe senti.

Então vaguei pelo mundo,
E me larguei por aí.
Não mais sofri.

Sorri.
Descobri,
Que só precisava de mim.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Saudade

Nas vielas dessa cidade,
Sobra-me tudo.
Em excesso, saudade.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Queimada

Vi a chama ardendo,
Vi a mata queimando.
Vi os animais fugindo,
Vi passarinho chorando.

Era incontrolável,
Tanto o fogo quanto a ignorância.
Destruíram a mata pra fazer casa,
Destruindo morada pra fazer morada.

Regresso desenfreado,
Maquiado de processo.
Morre o futuro, a vida, o mundo,
Por conta da ganância e luxo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Sonho

São teus olhos,
Quando se encontram com os meus.
O tempo que pára,
A música que toca.
O embalo dos nossos corpos.

É essa dança lenta,
Esse som suave.
Você traz as chaves,
Abre meu peito.
Enquanto dançamos,
Você me deixa vermelho.

É o teu beijo doce,
Teu leve sorriso.
É esse todo teu encanto,
Que eu amo tanto.
Não sei se danço ou canto.

É essa minha saudade,
Essa tua coragem.
Essa tua bondade,
Que traz no peito.

Conquistará meu sorriso,
Meu afeto,
Meu respeito.

É esse teu jeito.
Esse teu xamego.

É essa minha fantasia
Achei ser real,
Mas acordei,
Você já não existia.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

O Tempo

Bendito seja o tempo,
Que lento passa,
E me deixa aproveitar a vida.
Pois a vida é curta,
Mas quando o tempo vaga lento,
Sinto o vento da sorte,
Um beijo da brisa.

O tempo é rei.
E só eu sei o quanto errei,
Deixando-o passar.
Pois tudo que passa, não volta.
Não se recupera jamais.

O mestre tempo caminha.
Às vezes corre, eu sei.
Mas veja hoje, dia 12.
Primeiro mês.
Quantos beijos eu dei?
Quantos sorrisos roubei?
Quantos corações conquistei?

"A vida é curta,"
Dizia a canção.
A vida só é curta pra quem não tem coração.
Não sente na pele a emoção.
Pois quando se sente, o tempo não voa,
Retrocede.
Pois todo amor vivido nos rejuvenesce.
Nos enriquece a alma.

Todo amor vivido,
Não é tempo perdido.
É tempo recuperado.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Somente em Ti

Só não menti,
Pois não merecia.
Dos sorrisos, o teu foi mais belo,
Tão belo que até hoje lembro.
E mesmo com o passar do tempo,
Ainda é o que mais quero.


É estranho falar de ti no passado,
Se presente está no meu pensamento.
Nas canções que ouço,
Nas poesias, no quarto,
Em todo o apartamento.


Não foi amor de momento,
Se foi pra ti, lamento.
Mas pra mim foi firmamento seguro,
Fincado no peito do poeta que lhe escreve,
Pra te fazer lembrar que o amor ainda vive.
Remanesce, teimoso, o sentimento


Agora pareço doente.
Tenho febres constantes,
Alucinações absurdas.
Ouço teus passos na escada,
Vejo teu rosto nas ruas.


Meu amor é teu.
Selado, lacrado em meu peito.
Meu amor é teu por direito.
E pelo direito de ir e vir,
Te espero aqui.
Sentado na mesma mesa,
Naquele mesmo bar vazio.
Esperando aquele mesmo sorriso,
Que mudou minha vida pra sempre.