Às vezes,
Meu maior defeito,
É ser apressado.
Ter a faca,
E o queijo na mão,
E já querer lamber o prato.
E o acaso,
Que outrora,
Fora amigo do meu coração,
Me deixou na lona.
Caído no chão.
E eu até acharia graça,
De tal desgraça,
Se não fosse a contradição.
Horas livre, liberto.
Outras cativo.
E nesse piso escorregadio,
Piso em ovos,
Deslizo.
E chego a certa conclusão:
O que me impede de ficar em pé,
Às vezes, não é a falta de vontade,
E sim, a aderência desse chão.
Mudam-se as desculpas,
Multiplicam-se as mazelas.
Malditas marcas,
Dos tempos de escravidão.
O que impede um escravo de ser livre,
Não é a liberdade concedida,
E sim, a mudança de posição.
Acredite ser um escravo,
E escravo sempre será.
Liberte sua mente,
E nem a mais forte corrente,
Poderá lhe segurar.
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