Então, não vem tirar o meu riso torto,
Com nenhum conselho bobo,
Com nenhuma crítica,
Ou qualquer besteira.
Quer saber?
Cansei!
Sorri.
Sou rei.
Então, não vem tirar o meu riso torto,
Com nenhum conselho bobo,
Com nenhuma crítica,
Ou qualquer besteira.
Quer saber?
Cansei!
Sorri.
Sou rei.
Quando pequeno,
Eu queria ser rico.
Ter casa grande,
Carro caro,
Ter muitos filhos.
Hoje vejo a riqueza tão pobre,
Que ainda quero ser nobre.
Mas nobre de espírito.
A vida é isso,
Sorriso.
Só isso.
A vida é osso.
É choro.
Lamento e desgosto.
Só corro.
Corro só?
Socorro.
Corrói tanto que parte.
A vida, é um eterno "emenda e solta".
De amarras, amores, mazelas.
De meninos, meninas, donzelas.
A vida é isso.
Indefinida que só.
Se existe um livro pra vida,
Não cabe no céu,
Pois seu tamanho é maior.
Nunca vesti a armadura de jorge,
Por algumas vezes,
Vesti a de Cristo.
Não quero dizer que não preciso.
Mas hoje, não visto armadura alguma.
Aprendi a andar nu,
Não que seja o mais seguro.
Mas decidi não me privar de nada.
Desejo conhecer o mundo.
Que venham as desilusões,
As decepções.
O santo é de barro,
A carne é fraca.
E sei o quanto isso abala...
Mas tristeza eu trato em casa.
E trato sozinho.
Mas agradeço,
Por tudo que me foi concedido.
Por toda sorte,
Toda conquista.
Por seguir, ileso, o meu caminho.
Não agradeço a santo...
Agradeço a Cristo.
Roda de samba,
Vestido rodado.
Ela gira, ela dança.
Abre mão do passado.
Não sente o cansaço,
Tem os pés descalços.
Largara o salto,
Pra por os pés no chão.
Ela só ouve o batuque,
Seguindo o compasso do coração.
Sorriso largado.
Larga de lado a tristeza.
Requebra a cadeira,
Vai dando canseira na solidão.
Menina levada,
Um mulherão.
Quando chega na roda,
Deixa qualquer homem no chão.
Sábias palavras,
Deixo a tua sabedoria me ajudar.
Ouço tuas palavras,
Deixo o teu conselho me guiar.
E se tudo está perdido,
Eu te ligo,
Deixo a tua voz falar.
Depois desligo,
Analiso,
Pra depois eu caminhar.
E na minha vida,
Sigo meu rumo.
Quase sempre com orgulho.
Mas a sua eu sempre vou me dobrar.
Segui meu caminho,
Sempre sozinho.
Mas você com seu sorriso a me acompanhar.
Quando cansado,
Corro pro mar,
Ouço a tua voz falar.
Corro pra casa,
Pro telefone,
Deixo a tua voz falar.
Segui meus passos,
Sempre sozinho.
Mas pra sempre eu vou me lembrar.
Dos teus conselhos,
Do teu sorriso,
Que nunca me deixou desanimar.
Sou filho rebelde,
Fugido de casa,
Que apanha do mundo,
Por estar sozinho.
Mas sozinho nunca está.
Não importa o tempo,
Nem a idade.
Pois tenho certeza,
Que a tua voz,
Eu sempre vou escutar.
Tempo que corre,
Quem pode, se esconde.
Grande ilusão.
Se esconder aonde?
Tempo que passa.
Passa sem dó.
Não espera, não diminui.
Nem dá um passo maior.
Tempo cruel,
Quando se vê, já passou.
Saudade da adolescência,
Quando fui ver, o tempo levou.
O que sobra é saudade.
É o que tempo deixou.