Quem sou eu

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Rio das Ostras, RJ, Brazil
"Sou apenas um caminhante, Que perdeu o medo de se perder. Estou seguro de que sou imperfeito. Podem me chamar de louco. Podem zombar das minhas ideias. Não Importa! O que importa é que sou um caminhante. Que vende sonho aos passantes. Não tenho buússola nem agenda. Não tenho nada, mas tenho tudo. Sou apenas um caminhante, À procura de mim mesmo. "(Livro - O Vendedor de Sonhos)

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Psicopatia

Entre tantos amores vivi.
Eram tantos que me perdi.
Nem vi você passar.
Eram tantos amores que sofri.
Quase não sorri.
Que antes de matar, morri.

Entretanto amei.
Entre tantos, amei.
Entre todos chorei.
Entre tolos chorei.

Me armei,
Munido de amargura.
Entre mortos e feridos.
Entre mortos e defuntos.

Atirei sem olhar,
Acertado em tudo.
Só te percebi,
Quando lhe vi cair.
Já quase sem vida,

E para sacramentar,
O meu nobre feito,
Dei um tiro certeiro,
Do lado esquerdo,
Do centro do peito.
Chorando inconsolável,
Por te ver partir.
Por te fazer partir.

Mas logo sorri.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Cheiros e Gostos

Teu eu,
Parece meu.
Pelo menos,
Queria que fosse.

Terça fria,
Mente fechada,
Tento escrever mas não sai nada.

Teu eu,
Parece meu, insisto.
Janela fechada,
Não vejo sorrisos,
Somente o frio.

Pessoas caladas,
Todas ocupadas,
Não vejo graça,
Muito menos motivo.

Mas sinto um cheiro agradável,
Perfume doce.
Pois se não fosse,
Não o teria descrito.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Amarras

E de tantas amarras que criei,
Me embolei.
Tropecei,
Cai.

Não levantei.
Me mantive ali, deitado.
Não medi o estrago.

Eu estava cansado.
De tanto ir e voltar.
De tanto levantar e cair.
De tanto chorar e sorrir.

E ali deitado,
Aguardei o meu fim.
A vida enfim me abandonara.
Mas antes de partir eu sorri.
Como quem sorri ao desconhecido.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Cidade Saudade

Fim de tarde,
De noite, aliás.
Fim de festa, de trabalho.
Caminho procurando por paz.

Mas por onde ando,
Só encontro saudade.
Vestígios da minha infância,
Dos meus irmãos, dos meus sorrisos,
Lembranças.

Sob a luz caminho,
Por essas ruas de pedra.
Saudade, meu caro, saudade...
É tudo que me cerca.

Nostalgia maltrata,
Mas também alegra.
Nostalgia adormecida,
Que aqui desperta.

Dia longo, corrido.
Sozinho rio,
Sozinho fico.
Sozinho jaz.

Cidade Saudade,
Assim deveria se chamar.
Cidade Saudade,
Rio de ostras, de pedras.
Cidade me cerca,
Me cerca de mar...
De amar.

Cidade sorriso,
Sorrio.
Sob a luz do luar.

Sobre Viver

Mundo ao avesso.
Que de tanta pressa, tropeça.
Cai, chora.
Mas depois levanta.

Põe sorriso no rosto,
Põe mentira na cara,
E sorri.
Mentindo pra quem vem.
Mentindo pra si.

Não tem jeito.
Seu mundo se perdeu.
Continua vivendo, mas morreu.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Alma Penosa

Foi me perdendo que me encontrei.
Me encontrei perdido pelo caminho.
Numa estrada sem volta.
Sem meio e sem fim.
Me perdi por completo.
Sem teto, sem luz.

Me encontrei sozinho,
Perdido num monte de gente.
Todos estavam perdidos.
Não havia choro, nem vela, nem riso.
Só havia um caminho.
Estrada de terra.
Que em breve nos enterraria.
Estrada de chão.

Mas no fim, avistei uma luz.
Minha esperança.
Miragem enganosa.
Pois minha luz era a escuridão.

Sorri feito louco,
Como quem tem as cartas na mão.
Mal sabia eu que naquele jogo,
Eu era só um peão.

Bum bum bum...
Foram as últimas batidas do meu coração.

sábado, 11 de outubro de 2014

Prisão

Se fores,
Trago flores,
Antes de te ver partir.
Se voltares,
Faço as pazes,
Pra não mais partir.

Mas se não vier,
Se não mais lhe ver,
Não vou chorar,
Nem vou mais sofrer.

Pois quem parte,
Faz por escolha,
Por opção.
Se escolheu a distância,
É porque não tenho importância,
Pro seu coração.

Já fui refém,
Já fui escravo.
Hoje sou grato,
por ser liberto.
Hoje estou livre dessa prisão.
Ou não...

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Tua Boca

Se encontro fôlego no teu sorriso,
Beijo tua boca até você perder o ar.
Até eu chegar ao céu,
Até o seu pé levantar.

Se da tua boca sinto o gosto,
Esqueço as outras bocas que beijei.
Os outros corpos que toquei,
Os outros nomes que dormi.

Se teus lábios encontrarem os meus,
Esqueço o que se perdeu,
E volto então a sorrir.

E se durante as tuas saídas,
Encontrar outros lábios,
Que desejem tanto os seus.
Peça gentilmente que me devolva,
Pois terão roubado os meus.

Talvez

Talvez eu seja isso,
Nada mais.
Talvez seja só abrigo.
Quiçá um porto,
Um cais.

Que oferece abrigo,
Aos navios abatidos,
Nessa guerra chamada "vida".
Que não distingue o barco.
Desde que haja a ousadia,
E/ou a humildade de pedir ajuda.

A alguns, ajuda sem pedir.
Mas esses casos são mais raros.
Depende da pessoa, do afeto,
Enfim, depende do caso.

Talvez seja por isso que nasci.
Talvez seja esse o meu fim.
Talvez...

domingo, 5 de outubro de 2014

Teu

Talvez seja isso.
O segredo pra levar meu coração.
Sem muito segredo,
Você chega de um jeito,
Que me deixa no chão.

Sorriso aberto.
Teu mundo parece leve.
Então me leve,
Pra esse mundo que é só teu.

Pois meu coração ateu,
Se rendeu ao teu.
E nele não mando,
Sou eterno refém.

Sem medo escrevo,
Sem receio assumo.
Meu coração é teu.
De mais ninguém.