Vento corre frio,
Teu abraço causa mais arrepio.
Fio de navalha são teus olhos.
Me corta a alma.
Vá com calma.
Pois o amor dá rasteira.
Hoje, deitados na esteira.
Na varanda, no nascente domingo.
Você sorrindo.
Mar calmo.
De longe ouço o bater das ondas.
Dia tranquilo.
Teu corpo é feito rio.
Mergulho mesmo sem saber nadar.
E te encontro serena.
Antes eu pensava ser mar.
Basta uma ventania para me agitar.
Me misturo em tuas águas turvas.
Te encontro nua.
De pele e alma.
Eu antes salgado,
Não sei mais se sou mar ou sou rio.
Sorrio apenas.
Deixando esse mistério pra lá.
Levanto um pouco.
Mas sem te acordar.
Faço café. faço poesia.
Deixo o coração respirar.
Volto e lhe beijo a nuca.
Você nem se assusta.
Pronta pra mais uma.
Rio mais uma vez,
Deixa o mar adentrar.
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