Quem sou eu

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Rio das Ostras, RJ, Brazil
"Sou apenas um caminhante, Que perdeu o medo de se perder. Estou seguro de que sou imperfeito. Podem me chamar de louco. Podem zombar das minhas ideias. Não Importa! O que importa é que sou um caminhante. Que vende sonho aos passantes. Não tenho buússola nem agenda. Não tenho nada, mas tenho tudo. Sou apenas um caminhante, À procura de mim mesmo. "(Livro - O Vendedor de Sonhos)

domingo, 30 de novembro de 2014

Rabiscos

Rabisco versos.
Poesia incompreendida.
Rabisco os traços do dia.
Transformo a dor em canção.

Sentado no chão rabisco.
Descrevo o céu,
Num pedaço de papel,
Num papel de chão.

A chuva apaga.
A poesia passa.
Mas deixa suas marcas,
Que não passam em vão.

Eu rabisco o sol.
A lua aparece, flutua.
Parece estar nua,
Mas é só impressão.

Ou não...

Vida Que Ensina um Louco

Na vida eu aprendi,
A retirar os fones quando for falar.
E também quando for ouvir.

Aprendi a dar bom dia,
Para tudo e para todos.
Sejam humanos ou cachorros.

Aprendi a rir sozinho,
De crianças e adultos.
A jogar conversa fora,
Com os sãos e com os malucos.

Aprendi um pouco de tudo.
Absorvi um pouco de todos.
Às vezes acho que sou louco.
Às vezes acho que só um pouco.

Só um pouco, talvez...
Só um pouco.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Friendzone

Em passos lentos sigo.
Insisto num caminho sem volta.
Me revolta.
Me entristece.
mas acontece com os melhores amantes,
Melhores amigos.

Sigo a passos tortos.
Sei que não posso.
Mas persisto.

Poderia ser mais que amigo.
Seria mais que amante.
Mas antes que dissesse,
Antes que pensasse.
Fora selado nossa sina.

Me ensina a te esquecer, menina.
Me ajude a te olhar de outra forma.
Mas o que importa?
Se tudo que faço, ignora.
Maldita hora em que te conheci.
Em que te confortei,
Te sorri.

Poderia ter te ignorado,
Talvez assim, teria me notado,
De outra forma.
Enfim, não importa.

Linhas tortas,
De um amante esquecido,
Jogado no mais assombroso abismo.
Entre e o amor e a amizade,
De verdade?
Eu quero mais é que se foda.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Teus Olhos Tristes, Meu Coração em Pedaços

São teus olhos perdidos no vento.
Olhando pro nada,
Presos em pensamentos.
Já faz tempo,
Que te perco por alguns momentos.

São teus olhos,
Que antes doces,
Hoje, cansados parecem.
Tem perdido o sono.
Perdido as noites.
Perdido tempo.

São teus olhos tristes.
Teus olhos cegos.
Não vê que, ao teu lado,
Ainda te espero.
Vai ver que nessa história,
O cego sou eu.
Que te dou o braço,
Te dou as pernas.

Mas não interessa.
Pois logo teu coração estará em festa.
Mas o motivo não será eu.

Serei mero convidado,
Pra caso falte garçom.
Que no final,
Ajudar a arrumar a casa,
Guardar o som.

Meu coração,
Por opção se tornara escravo.
Cometera o pecado,
Agora, chora largado.
Alagado de solidão.

domingo, 16 de novembro de 2014

Julieta (Um Romance às Avessas)

Hoje joguei fora suas cartas,
As lembranças.
Joguei fora a aliança.
A lança cravada em meu peito.

Ferida aberta.
Sangue quente escorre.
Se eu sobreviver, será por sorte.
Mas prefiro a morte,
Do que tuas ilusões.

Joguei fora as fotos.
As viagens juntos.
Joguei fora os mundos,
Construídos sobre a areia.

Me livrei da teia.
Abri mão do passado.
Do futuro que sonhei ao teu lado.
Ah, meu amado...
Vieste armado de tantas mentiras.
Quis me exibir como sua conquista.
Deixando-me em pedaços,
Largada no chão.

Sem coração.
Sem sorte.
Em meus olhos a saudade escorre.

Corro.
Sofro.
Choro.

Sem respostas.
Me machucaste sem motivo.
Eras meu amigo.
Meu amante.
Confidente.

Quero hoje arrancar teus dentes.
Teu sorriso.
Não fará com outras o que fez comigo.

Dois tiros.
Duas balas.
Uma pra você.
Outra pra mim.

Romeu, Romeu.
Sou tua Julieta.
E este será teu fim.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Vida Bandida

Corpo frio,
Mão gelada.
Sonhara conquistar o mundo,
Agora não lhe resta nada.
Se não o vazio.
Gaveta apertada.

Se foi a vida,
Espírito que vaga.

Garganta esfolada.
Coração que batia,
Cansou de insistir.
Sangue que corria,
Escorria calçada à fora.

Não era pai,
Mas virou de família.
Não era esperto,
Mas virou exemplar.
Era bandido.
Mas virou boa gente.
Nunca chegou a matar.

Como era lindo seu sorriso,
Sentindo a vida escapar.

Agonizou,
Balbuciou,
Morreu.
Me pergunto se falta fará.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Poeta Amador

Poeta amador,
Almirante.
Que ama o passado,
As passistas,
Passarelas,
Passantes.

Poeta amador.
Que ama a dor.
Melancolia e tristeza.
Que vê a beleza na folha que cai.
Que vê em um sorriso
Um motivo a mais.

Poeta amador.
Escritor de primeira viagem.
Que traz nas tais folhas,
Pequenas passagens.
Pequenos amores.

Poeta amador se despede.
Faz seu gesto com a mão,
Dizendo até breve.
Deixando-te pronto,
Pra leitura seguinte.

Não pegue sua forca,
Nem corte seus pulsos.
A vida dá seu recado:
— Há beleza no mundo!

domingo, 9 de novembro de 2014

Poesia

Poesia foi feita pra atingir,
Seja lá ou aqui.
Poesia sempre é feita pra alguém.

Pra amor ou desamor,
Seja de felicidade ou dor.
Poesia nunca é feita pra ninguém.

Poesia tem seu dono.
Poesia tem seu nome.
Só não me pergunte,
Que nome que é.

sábado, 8 de novembro de 2014

Menina do Forró

Meu corpo balança,
No compasso dessa música,
No embalo dessa dança.
Meu pé bate,
Minha mão acompanha.
Menina bonita se levanta,
Procurando um par.

— Não sei dançar.
— Pois vem cá, menino.
Hoje eu vou te ensinar.

Oh, menina nesse xote,
Não me encoste.
Pois eu vou me aproveitar.
E no balanço da tua saia,
Meu coração que se dispara.
— Cê pára. Que eu posso até me apaixonar.

Se não já me apaixonei,
Não sei.
Mas vem cá.
Só saio daqui depois de te beijar.

Doces e Gostosuras

Que haja graça na vida.
Sorriso minúsculo,
Pequena criança.
Que entra na venda,
Com olhos brilhantes,
Namorando os doces.
Sua mãe lhe dá um saquinho,
Ela abre sorrindo.
Parece tesouro,
E é tão baratinho.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Mulher

Passos dados,
Sem rumo,
Sem direção.
Viagem não programada,
Em busca de liberdade,
De proteção.

Caminha ao vento,
De pés descalços.
Largará os saltos,
Sapatos fechados.

Parece ter achado,
Um bom motivo pra se viver.

Quando era menina,
A vida parecia mais fácil.
Beijava os meninos,
Distribuía selinhos.
Ainda não tinha amado.

Agora crescida,
Já não sabe medir a dor.
Perderá mais um amor.
Perderá a razão.
O último causou,
Um rasgo em seu coração.

Sai sem rumo,
Todas as manhãs.
Em busca de paz.
Pois seu coração já cansou de tanto estrago.

Traz cigarro.
Um trago.
Um gole de café.
Já foi menina.
Já foi traída.
Agora é mulher.

domingo, 2 de novembro de 2014

Alma Livre

Alma voa,
Sabe lá pra onde.
Vai para longe,
Pra perto do mar.

Vai amar.
Quem sabe a marte.
Vai voando,
Vai olhando,
Sem fazer alarde.

Alma voa.
Avoa pelas ruas.
Alma nua,
Sem vergonha.
Dança sobre pedras,
Ou sobre plantas.

Alma renasce.
Evolui e volta ao corpo.
Pensei estar morto.
Mas era a minha alma,
Querendo liberdade.