A solidão me abraça,
Com seu laço certeiro.
Me amarra, me prende.
Sufocando meu peito.
A solidão me abraça.
E vejo seu rosto faceiro.
Me ama, me deseja.
Me quer como seu companheiro.
Me seduz com seu olhar cruel,
De quem sabe seduzir um poeta,
Que gosta da dor.
Que fez do vazio o seu céu.
Seu inferno, eu diria
Ah, solidão...
Por que tem prazer em me fazer de escravo.
Por que se satisfaz no maltrato,
Desse pobre coração.
Aaahh, solidão...
Por que não me dá um sossego?
Por que faz morada em meu peito,
Me tirando a razão?
A cada dia, mais enlouqueço.
E o seu velho hospedeiro.
Se cansou de ser chão.
Solidão, assine a minha alforria.
Pois eu quero alegria,
E não lamentação.
Solidão, por meio desta solicito,
Pedindo como um amigo.
Mas se insistir em me prender,
Juro pela minha vida,
Eu mato você.
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