Menino de rua,
Sob a luz da lua caminha.
Não tem morada, destino ou abrigo.
Sente frio.
Sente fome.
Há tempo não come.
Segue com seu cão.
Que dê tão magrelo faz pena.
Faz pena até ao pobre menino,
Que divide o que não tem,
Com o amigo faminto.
Pobre menino...
Sem sorte, sem crime.
Paga por um mal que não fez.
Não pediu pra nascer,
Quem dirá pra morrer.
Menino de rua,
Caminha carregando o vazio.
Vazio de alma, corpo e espírito.
Preserva ainda um sorriso,
Sabe-se lá porque ainda sorri.
Nós, humanos de mais sorte,
Não percebemos a sorte que temos.
Não dividimos o que nos sobra.
Morrendo afogado dentro de si.
O menino de rua se vai.
Sabe Deus pra onde.
Deixa em mim a sua mensagem,
Que parece escrita com sangue
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