Quem sou eu

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Rio das Ostras, RJ, Brazil
"Sou apenas um caminhante, Que perdeu o medo de se perder. Estou seguro de que sou imperfeito. Podem me chamar de louco. Podem zombar das minhas ideias. Não Importa! O que importa é que sou um caminhante. Que vende sonho aos passantes. Não tenho buússola nem agenda. Não tenho nada, mas tenho tudo. Sou apenas um caminhante, À procura de mim mesmo. "(Livro - O Vendedor de Sonhos)

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Meu Mar

Ah, o mar...
Quem irá me escutar,
Nos dias de loucura?
Quem irá me afogar,
Com tamanha doçura?

Teu som me acalma.
Tua água gelada,
O quebrar de tuas ondas.
Como não te amar?

Quantas saudades senti,
E ainda não sei como,
Penso em partir,
Pra longe de tuas águas, meu mar.

Mas confesso,
Ter o coração dividido.
Não sei se ainda sou mar,
Ou agora sou rio.

Mas prometo nunca me esquecer,
Dos nossos momentos vividos.
De como é sincero o meu sorriso,
Quando venho te visitar.

Ainda iremos ler muitos livros,
Voltarei, pra que conheça meus filhos.
E um dia, ainda volto a ter casa no mar.

Meu mar.
Meu amor mais sincero.
Espero,
Que esteja aqui quando eu voltar.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Tiro Certeiro

Abaixei meu escudo por um instante.
Teu tiro certeiro,
Foi fulminante.
E eu nem vi de onde partiu,
Não sei se foi de pistola ou fuzil.

Teu tiro certeiro,
Acertou o meu peito,
Em cheio.
E agora, não consigo respirar.

Quando achei que tivesse vencido,
Me encontro caído.
Moribundo no chão.
Esse teu amor bandido,
Me deixou ferido,
A beira da morte,
Deitado no chão.

Tua arma fatal.
Me matou pela boca,
Com seu tiro certeiro,
Quando disse não.

Agora, não sei o meu destino.
Me encontro despido,
Com meu orgulho em sua mão.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Amador

Poeta amador.
Tanto amou (a dor),
Que hoje não reconhece a felicidade.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Poeta Esquecido

Poeta esquecido,
Escreve poesias na beira do rio.
Descreve sua vida em versos,
Desejando que o inverso,
Tivesse acontecido.

Poeta esquecido,.
Não tem suas poesias,
Nas folhas de um livro.
Se amanhã morrer,
Poucos saberão que um dia foi vivo.

Poeta esquecido,
Escreve poesias para suas amantes,
Também pros amigos.
Nunca foi governante,
Quiçá fora rico.

Poeta esquecido,
Já foi homem maduro,
Agora velho, é menino.

Traz no bolso caneta,
E papel amassado.
No peito o rasgo,
De tanto ter vivido.

Poeta esquecido não chora (mais),
Nem nega a sorte,
De todo esse tempo,
O mundo ter sentido.

Poeta esquecido,
Quem me dera,
Ter a sorte,
De ter te conhecido.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

O Amor

O amor bateu a minha porta,
Veja só que ironia.
O amor bateu a minha porta,
Quando eu menos queria.

O amor me envolveu,
Veja só que alegria.
O amor me envolveu,
Quando eu menos o sentia.

O amor me rendeu,
Veja só que magia.
O amor me rendeu,
Quando eu mais rugia.

O amor me bateu.
O amor me envolveu.
O amor me rendeu.
E assim descobri,
Que esse amor existia.

Menina Morena

Menina morena,
Que mistérios trazes contigo?
Menina morena,
O teu beijo eu trago comigo.

Quão doce é teu sorriso, morena.
Que teus pedaços trago na lembrança.
Trago tuas fotos,
Os teus vestidos.
Trago os passos da tua dança.

Tu és tão linda, morena.
Que nos meus sonhos tu já habita.
Sonho acordado, deitado.
Sonho contigo por toda vida.

Menina morena,
Quanta saudade senti.
Nunca mais parto sem teu abraço,
Nunca mais saio sem te sentir.

Voltei pra tua casa, morena.
Vamos deitar e dormir.
Deixe as janelas abertas, morena.
Deixe o vizinho ouvir.

E se o sábado for pequeno,
Temos todo o domingo.
Pra matar a saudade do teu corpo,
Pra me ter contigo.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Meu Jeito

Eu não sou moleque,
Muito menos criança.
Se quer ficar comigo,
Então entre na dança.

Não corro atrás,
Nem dou muitas chances.
Se não quer dessa vez,
Então passe adiante.

Não sou amante de uma noite,
Mas posso abrir excessão.
Até beijo sua boca,
Te levo no seu portão.

Mas não se engane comigo,
Eu sou poeta,
Mas não sou romantismo.
E só trato bem,
Quem eu quero comigo.

Se quiser ficar,
Faça por merecer.
Uma coisa eu prometo,
Não vai se arrepender.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Seguindo

Ando distraído,
Nessa estrada escondida.
Parece estranha, curta.
Denominam-a "vida".

Às vezes vazia,
Triste, incompreensiva.
Outras feliz,
Alegre, vivida.

Vejo pessoas passando,
Sonhando, sorrindo.
Vejo gente voltando,
Cabisbaixo, abatido.

Me questiono o motivo.
Depois desisto.
Apenas sigo.
Ainda observando os passantes seguindo.

Sigo em frente,
Olhando mais para os lados,
Do que para o caminho seguido.
Sigo, sigo, sigo.

Espírito de Velho

Espírito de velho me habita,
Quase que por toda a vida.
E hoje não seria diferente.

Existem coisas que mexem com a gente,
Seja o passar dos anos,
A morte ou algo típico da nossa mente.

Mais uma volta concluída,
Mais um ciclo rompido.
Mais um dia vencido.
Ou quase isso.

São 24 anos de carreira,
Quase todos de poesia,
Poucos dele de amores,
Quase todos de alegria.

Hoje a dor se retira,
Como se nunca houvesse existido.
Meu amigo, hoje eu fui só alegria.
Mesmo sem ter bebido.

Recomeço o ciclo.
Recomeço a vida.
O mundo continua o mesmo,
Mas nunca a minha vida.

E já fi poesias pra tanta gente,
Que até perdi a conta.
Mas sinceramente,
Hoje essa poesia é minha.

São 24 anos de sucesso.
Nem sempre seguindo o rumo dos outros.
Todos nascemos diferentes,
E eu aceitei os meus riscos.
Posso não ser o melhor,
Mas o pior, duvido.

Não tenho orgulho ferido,
Não tenho mazelas pendentes,
Nem tenho meio sorriso.

Quer um conselho sincero?
Não me acompanha,
Porque eu não sou novela.
Mas se tem disposição,
Cola comigo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A Lua

A lua encantada,
Pede ao passante serenata.
Dá um sorriso ensaiado

A lua, quase não mais admirada,
Se sente largada.
Mergulhada à solidão.

A lua quase não pede nada,
Mas quer ser observada,
E disso, não abre mão.

Pois então, quando seguir seu caminho,
Olhe, pelo menos uma vez, para o céu sorrindo,
E cante pra ela uma canção.

Não se esqueça de admirar o que é bonito,
Pois se deixar pra mais tarde,
Terá vivido em vão.

Não acumule riquezas,
Se não puder admirar a beleza,
Que a riqueza não pode comprar.
Tenha isso como conselho,
Tenha por si o respeito,
De não viver em vão.

Nós

Por você mudei meu sobrenome,
Deixei de ser menino pra ser homem.
Larguei meu quarto por sua janela.
Eu deixei você ver quem eu era.

Eu te entreguei a cópia da minha chave,
Te dei total passagem.
Lhe dei as coordenadas do meu caminho.
Eu te dei carinho.
E todo amor que podia sentir.

Eu fiz tanta coisa sozinho,
Que demorei a entender,
Que somente junto faria sentido.

Do "Eu", nasceu "Nós".
Uma troca justa,
Pra dar sentido a nossa história.
Agora já não vejo a hora,
De te olhar na porta,
Seguindo o caminho do altar.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Anjo Sem Asa

Você desce as escadas,
Anjo sem asa.
Traz seu sorriso,
Pra minha vida sem graça.

Ouço seus passos,
Seu andar leve.
Levando e te olho.
Te peço pra que me espere

Pego minhas coisas,
Te sigo pelo caminho.
Eu antes, andava sozinho,
Agora, ando contigo.

Anjo sem asa,
Me levando de casa,
Do meu mundo sem graça,
Direto pro seu sorriso

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Favela

Amanhece na favela.
Moleque novo,
Pés descalços,
Vai descendo as vielas.

Numa mão traz sua arma,
Objetivo de estimação.
Na outra, a carga,
Pra reabastecer os irmãos.

Seus amigos de infância,
Quase todos já morreram.
Os que sobraram,
Dizem que se converteram.
Vão pra igreja, trabalham.
De servente ou pedreiro.
Todo mês dão dízimo.
Mas às vezes, dão um cheiro.
Mudaram-se os crimes,
Mas o pecado é o mesmo.

Amanhece na favela,
O moleque, pés descalços, dobra a esquina.
Dá de cara com os pm's,
Sacramentando sua sina.

Tenta fugir,
Leva um golpe rasteiro.
Dois tiros,
Um na cara e um no peito.

Choro na favela,
Dia que iniciava,
Agora se encerra.
Mãe desce aos prantos,
Pedindo a Deus pra que não seja o filho dela.
Mas era.

Agora é só choro e vela.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Algum Lugar

Os deuses vão vir me buscar.
Em algum momento,
Em algum lugar.
Vão levar minha alma pulsante.
Só não sei pra onde.
Mas com certeza,
Pra algum lugar.

Eu sei.
Mesmo sem saber, eu sei.
E não me pergunte você.
Pois eu só sei que sei.
Sem saber porquê.

Os deuses vão me levar.
Minha hora chegará.
E quando chegar, eu sei.
Vou pro mesmo lugar que vocês.

Espero que seja um lugar incomum,
Mas pode ser,
Que eu não vá a lugar algum.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Talvez

Talvez, tudo que eu queira,
Seja o teu sorriso.
Ao meu lado ao amanhecer,
Acordando comigo.

Talvez, eu até desista da minha loucura,
Só pra ficar tranquilo na tua.
Andar de mãos dadas na rua.

Talvez, eu queira viajar no final de semana,
Fazer planos pra nossas crianças,
Envelhecer sem te deixar na lembrança.

Talvez, eu até largue a bebida,
Deixe de lado o cigarro.
Limpo o meu pulmão,
Deixo o figado regenerado.
Só pra viver mais ao teu lado.