Quem sou eu

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Rio das Ostras, RJ, Brazil
"Sou apenas um caminhante, Que perdeu o medo de se perder. Estou seguro de que sou imperfeito. Podem me chamar de louco. Podem zombar das minhas ideias. Não Importa! O que importa é que sou um caminhante. Que vende sonho aos passantes. Não tenho buússola nem agenda. Não tenho nada, mas tenho tudo. Sou apenas um caminhante, À procura de mim mesmo. "(Livro - O Vendedor de Sonhos)

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Sinto Muito

Sinto chegar em casa,
E sentir seu vazio.
Não sentir seu cheiro.
Não ouvir seu choramingo.

Sinto deitar,
E não ter mais lambida.
Não ter alegria.
Não ter mais que brigar.

Sinto tanto que ainda dói.
Sinto tanto que me destrói.
Sinto tanto que finjo não me importar...
Finjo não chorar.

E tudo que eu queria,
E que tudo não passasse de sonho.
De um triste pesadelo.
E então acordar com a cara cheio de pêlo.

Sinto não ser,
O que você precisava.
Sinto tanto que dói.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Minha Vida

É, saudade...
Me invade nas noites mais frias,
Distribui em versos sua melancolia.
E hoje, só o que eu queria,
Era o teu abraço apertado.
Que me livra de toda dor.
Pois não sei como em ti,
Cabe tanto amor.

Ao teu lado sou criança.
Não cresço. Não envelheço.
Não rodo nessa ciranda.
Sou sempre pequeno,
Pra sempre menino.

Debaixo de tuas asas me abrigo.
É pra você que eu ligo,
Quando não sei mais o que fazer.
E das poucas vezes que chorei ao teu lado,
Foi por não querer te ver sofrer.

E se percebo tua dor,
Perco meu chão.
Pois durante toda a minha vida,
Foi exatamente isso que foi.
Meu chão, meu teto, meu abrigo,
Minha coluna, meus sustento, meu auxílio.

E hoje percebo,
Que já escrevi pra quem não merecia.
Mas nunca escrevi,
Pra quem me gerou a vida.

Sou teu filho,
Tua cria.
Sou teu sangue.
E você, minha vida.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Só Sigo

E se me sinto só,
Foi porque assim eu escolhi.
Assim eu me criei,
Foi assim que eu vivi.

Da solidão me fiz,
E continuo assim.
Não justifico,
Não me explico,
Só me quero pra mim.

Parece complicado,
Mas é simples.
Simples assim.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Se me falta amor,
Falo com pesar,
Que a minha dor,
Não me deixa amar.

Vivendo de ilusão,
Pulando sem parar.
De coração em coração,
Sem conseguir ficar.

Sem descansar.
Sem cessar.
Sem mar.
Só dó.
Só.
!!

terça-feira, 15 de julho de 2014

Vento Venta Vida

E sinto o vento,
Leve e frio,
Levando meu desespero.
Leva junto minha aflição,
Meu medo.

"Vento que venta lá,
Venta aqui."
Balança, balança.
Mas não me deixo cair.

Se me derruba, levanto.
Me ponho em pé e continuo.
Não trago sonhos,
Trago comigo o meu mundo.

Minhas metas inconstantes,
Voam, voam pra longe.
Como se já não voasse o bastante.

Vida:
Se fosse fácil, seria vadia.
Se não tivesse valor, te acharia na rua.
Se fosse prática, viria com bula.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Teu Cheiro

Do teu cheiro ainda lembro,
Mesmo depois de tanto tempo.
E sinto o quanto me abala,
Sinto seu cheiro assim, do nada.

Cheiro misturado, forte.
Misto de cigarro e suor.
Que antes, meu estômago embrulhava,
Agora é o peito que sente um nó.

E quase choro,
Quase me entrego a essa saudade que me aperta.
Ônibus lotado,
Coração apertado.
Tanto aperta que chega a doer.
Sentindo a falta do teu cheiro,
Falta do teu rosto.
Falta de você.

Querido irmão,
Não te deixo ir não.
Pois a tua lembrança,
É o que te mantém vivo em mim.

Joguete

Se me jogo,
Você se afasta.
Diz que sou muito apressado.
Se eu dou um tempo,
Reclama.
Diz que eu já não tenho cuidado.

E nesse labirinto sentimental,
Sigo em ovos pisando.
Medindo o tempo,
Calculando os danos.

A esperança por inteiro me abandonou.
E em outros braços,
Desperdiço o meu amor.
Meu tempo.
Meu calor.

Sonhando um dia ainda ser seu,
Sonhando um dia ser seu grande amor.
Mesmo sabendo que sempre te esperei,
E você nunca se importou.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Dance

Tenho tanto amor,
Que me transborda.
Ando por aí,
Despejando amor,
De porta em porta.

Pois de amor sou feito.
De amor sobrevivo.
Pois amor é tudo do que preciso.

Não sou fã de beijo,
Muito menos de abraços,
Mas os faço se preciso.
Pois faço de tudo,
Pra ver teu sorriso.

E com essa poesia engraçada,
Que parece ser de criança.
Te convido a escutar essa música.
Te convido a entrar nessa dança.

Coração

Coração carente,
Se entrega, se rende,
Ao primeiro passante.
Se ilude, se apaixona,
Não existe ninguém nesse mundo,
Que não o encante.

Coração quebrado,
Que em tantos pedaços,
Se multiplicou.
Costurado, remendado.
Cicatriza fácil,
Restando as marcas que o tempo deixou.

Coração vivo,
Que carrega em si a esperança,
De entrar nessa dança,
E não mais sair.

Coração,
Abandonou a razão e vive só.
Segue livre, mesmo com tantos nós.

Fazendo da poesia seu confessionário,
Espalhando pelas linhas seus calos.
Sem amargura ou sensação de fracasso.

Coração palhaço?
Não acho.
Pois meu coração trilhou
Seu próprio caminho.
Não se rendeu, não fraquejou
Mesmo sozinho.

Coração gigante,
Que mesmo machucado,
Deu abrigo a seus passantes.
Deu pão e comida.
Deu sorriso, alegria.
Deu boa noite e bom dia.

E dessa poesia,
Sem pé, nem cabeça,
Fico com a certeza,
Que meu coração segue o caminho certo.
Segue o caminho que ele mesmo escolheu.

domingo, 6 de julho de 2014

Idas e Vindas

Na vida aprendi,
A não correr atrás.
Quem quer vem por vontade,
Saudade.
Quem não quer, vem por interesse,
Atrás de vantagem.

Deixo todos soltos,
Alguns voltam,
Outros não vejo mais.
Se achar por bem partir,
Tudo bem.
Só peço que me deixe em paz.

Grande Amor

Meu coração se aquece,
A cada mensagem tua.
Quando ando, quase tropeço na rua.

Ando feito bobo,
Sorriso no rosto,
Coração alegre.
Mais um grande amor.
Pois o outro acabou,
Antes mesmo de começar.

Mas não vamos chorar,
Acreditar é preciso,
E se me jogo do abismo,
É na certeza de me machucar.

Meu coração já quase não dói.
Meu coração quase já não existe.

Se existe, não bate.
Se bate, não sinto.
E quando sinto é dor.

Meu coração,
De tanto amar, calcificou.
E se diz que esta feliz,
É pra espantar a dor.

sábado, 5 de julho de 2014

Dom Quixote

Se meus dragões lhe parecem,
Moinhos de vento,
Não me deixe lutar em vão.
Se tudo for fruto da minha loucura,
Senhor, me ajuda.
Desejo ser são.

Mas se a sanidade,
For tirar minha essência,
Meu senhor, com licença,
Recuso sua boa ação.
Meu caro, me desculpa,
Sei que não é sua culpa,
E sim do meu coração.

Se meu destino é ser o Dom Quixote,
Tenho pra mim como sorte.
Pois se minha loucura,
Lhe parece absurda,
Seguirei pra sempre na contramão.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sigo Só

Flores esquecidas no jardim.
Esperaram por nós.
Nas verdade, esperam só por mim.
Pois o "nós" não existe,
Provavelmente, nunca existiu.

Deixo as lembranças,
Os sonhos que fiz pra nós dois.
Sigo meu rumo só.
Sem dor, nem pesar.
Tendo a certeza de assim está melhor.

Sigo só,
Sigo meu.
Desfaço o nó.
Adeus.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Pacto

Solto os laços,
Cordas invisíveis.
Que aprisionam esse sensível coração.
Quem lê minha poesia,
Vê a beleza,
Mas não vê a dor desse meu coração.

Desfaço os nós,
Nós tais que eu mesmo fiz.
Sem pedir licença,
Sem permissão,
Me amarrei porque quis.

E dessa vez,
Nem a solidão espero.
E sim, a mim mesmo.
Auto-suficiência, meu caro.
Vencer as barreiras do medo.

Prometo a mim,
Por esse pacto proposto,
Não mais insistir, nem sofrer,
Por algo que não seja meu.

E com essa poesia lacro.
Selo sem dó essa sina.
Que de todos os males me ensina,
Que estar só é o melhor pra mim.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Dela

Musa da minha poesia,
Quantas mulheres tiveram tal sorte?
Ter seus traços descritos,
Nos versos de cada estrofe.

Moça do meu pensamento,
Que em cada verso se esconde.
Me diz de onde,
Vem tua beleza tão pura?

Se te exponho em versos,
Não é minha culpa,
Não posso evitar.
Pois há tempo habita em meu peito,
Em meus sonhos,
E não consigo tirar.

O seu nome não disse,
Não me cabe dizer.
Se te quero, deixo escondido.
Pra não te fazer sofrer.

Pois de ti quero o sorriso,
Minha meta de cada amanhecer.

Poesia minha,
Poesia pura.
Essa poesia é tua.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Seu Lar

Largo o medo,
Mais uma vez.
Me entrego ao incerto,
Desprezando o estrago que o último fez.

Abro o peito,
Exponho as feridas.
Que ainda são doloridas,
Ainda estão lá.

Mas não nasci pra me prender,
Pelo contrário, me lançar.
Por mais que doa,
Por mais que sofra,
Não sei recuar.

E de todas as incertezas,
A única certeza é a de tentar.
Posso pecar por qualquer outra coisa,
Menos por medo de errar.

E se não der certo,
Se ao fim da linha chegar.
Levanto. Espelho a poeira,
E contínuo a tentar.

Meu coração está cheio,
Que chega a transbordar.
Espalho pedaços de mim,
Pra você me encontrar.

Grito ao vento:
— Aaaaaahhh!!!!!!
Sussurro ao seu ouvido:
— Não me faça esperar.

Pois tudo que tenho quero te dar.
Meu ar, meu lar, meu eu.
Ser seu.
Seu lar.

Morena

Morena,
De tudo que escrevo,
Trago seus traços.
E dos teus braços e abraços,
Faço poesia.

Morena
Se te canto esse canto torto,
É pra ver em seu rosto o brilho do mar.
E do teu encanto,
Sem pranto,
Só canto pra te conquistar.

Morena,
Se tu "cola" comigo,
Te mostro o perigo,
Que a poesia pode causar.

Poesia

Se nesse mar eu mergulho,
Mesmo não sabendo nadar,
É que no fundo eu acredito,
Que o mar irá me levar.

Se nessa dança eu eu entro,
Mesmo não sabendo dançar.
É que no compasso da moça,
Eu vou me aproximar.

Se eu pulo dessa altura,
Mesmo tendo medo de altura.
É por que preciso me desafiar.

Se eu fecho os olhos,
Sozinho, em casa.
É porque a tristeza encontrou seu lugar.

Mergulho, danço, pulo e choro.
Não sou de ferro,
Não sou ator,
Sou poeta sensível,
Que faz poesia da dor.
Do amor.