Largo o medo,
Mais uma vez.
Me entrego ao incerto,
Desprezando o estrago que o último fez.
Abro o peito,
Exponho as feridas.
Que ainda são doloridas,
Ainda estão lá.
Mas não nasci pra me prender,
Pelo contrário, me lançar.
Por mais que doa,
Por mais que sofra,
Não sei recuar.
E de todas as incertezas,
A única certeza é a de tentar.
Posso pecar por qualquer outra coisa,
Menos por medo de errar.
E se não der certo,
Se ao fim da linha chegar.
Levanto. Espelho a poeira,
E contínuo a tentar.
Meu coração está cheio,
Que chega a transbordar.
Espalho pedaços de mim,
Pra você me encontrar.
Grito ao vento:
— Aaaaaahhh!!!!!!
Sussurro ao seu ouvido:
— Não me faça esperar.
Pois tudo que tenho quero te dar.
Meu ar, meu lar, meu eu.
Ser seu.
Seu lar.
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