Coração carente,
Se entrega, se rende,
Ao primeiro passante.
Se ilude, se apaixona,
Não existe ninguém nesse mundo,
Que não o encante.
Coração quebrado,
Que em tantos pedaços,
Se multiplicou.
Costurado, remendado.
Cicatriza fácil,
Restando as marcas que o tempo deixou.
Coração vivo,
Que carrega em si a esperança,
De entrar nessa dança,
E não mais sair.
Coração,
Abandonou a razão e vive só.
Segue livre, mesmo com tantos nós.
Fazendo da poesia seu confessionário,
Espalhando pelas linhas seus calos.
Sem amargura ou sensação de fracasso.
Coração palhaço?
Não acho.
Pois meu coração trilhou
Seu próprio caminho.
Não se rendeu, não fraquejou
Mesmo sozinho.
Coração gigante,
Que mesmo machucado,
Deu abrigo a seus passantes.
Deu pão e comida.
Deu sorriso, alegria.
Deu boa noite e bom dia.
E dessa poesia,
Sem pé, nem cabeça,
Fico com a certeza,
Que meu coração segue o caminho certo.
Segue o caminho que ele mesmo escolheu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário