Eu, na minha farsa vivida.
Pseudo-moralista.
Julgo antes de conhecer.
Defensor dos bons costumes,
E da família sadia.
Trai minha mulher com aquela vadia.
Mas, na minha Bíblia, não é pecado foder.
Eu, na minha farsa vivida.
Pseudo-moralista.
Julgo antes de conhecer.
Defensor dos bons costumes,
E da família sadia.
Trai minha mulher com aquela vadia.
Mas, na minha Bíblia, não é pecado foder.
Vento corre frio,
Teu abraço causa mais arrepio.
Fio de navalha são teus olhos.
Me corta a alma.
Vá com calma.
Pois o amor dá rasteira.
Hoje, deitados na esteira.
Na varanda, no nascente domingo.
Você sorrindo.
Mar calmo.
De longe ouço o bater das ondas.
Dia tranquilo.
Teu corpo é feito rio.
Mergulho mesmo sem saber nadar.
E te encontro serena.
Antes eu pensava ser mar.
Basta uma ventania para me agitar.
Me misturo em tuas águas turvas.
Te encontro nua.
De pele e alma.
Eu antes salgado,
Não sei mais se sou mar ou sou rio.
Sorrio apenas.
Deixando esse mistério pra lá.
Levanto um pouco.
Mas sem te acordar.
Faço café. faço poesia.
Deixo o coração respirar.
Volto e lhe beijo a nuca.
Você nem se assusta.
Pronta pra mais uma.
Rio mais uma vez,
Deixa o mar adentrar.
Meu coração,
De tão calejado,
Desconhece a dor.
Ou já se acostumou.
Vento firme bate,
Maré alta invade.
Sirene do peito faz alarde.
Água salgada bate e arde.
É hora de ver mar.
Água do mar afoga a dor,
Afoga amor.
Afoga a amada.
Sal cicatriza.
Mas maresia corrói o coração de lata.
Sangro ferrugem.
Tenho vertigem.
Tenho coração babaca.
Faço da poesia a cura,
Da secura que me tornara.
Bebo água.
Bebo cerveja e cachaça.
Até agora nada.
Parece que o rio secara.
Não chove, não venta.
Água da alma é coisa rara.
Contratei dois índios malditos,
Fazem a dança da chuva,
Mas até agora só mostraram a bunda,
Pois chuva que é bom, nada.
Todo amor gritado,
Corre o risco de ser desperdiçado.
Não que o amor não deva ser visto.
Mas o amor exagerado me incomoda.
E começo de amor é sempre assim.
São tantas juras,
Tantas falas.
Mas e aí?
O tempo passa,
E o amor anuncia o seu fim.
Eu gosto do amor sentido.
Que dá sentido a vida,
Sem cobrar, sem promessas.
E quando menos se espera,
Percebe-se ser eterno.
Ah, o amor é tão terno.
Tão simples que até faz gosto.
Amor gostoso em dia de chuva.
Amor sincero à luz da lua.
E como diz aquela velha canção,
Daquele velho rapaz,
Que como quem não quer nada,
Nos ensina como se faz.
"Amor que não se pede,
Amor que não se mede,
Que não se repete.
Amor."
A vida segue seu rumo.
E nos leva pra lá e pra cá.
Conhecemos tanta gente,
Que aprendemos a gostar.
Não que fosse difícil,
Mas acredito que existem pessoas.
Que não escolhemos,
É a vida que as coloca lá.
E a gente vai convivendo.
Vai gostando, vai sorrindo.
E quando dá por si,
Percebe que é impossível não gostar.
E na vida dei tantos passos,
Uns por escolha,
Outros por necessidade.
Mas, de verdade?
Hoje não me arrependo do passo dado.
Pois nesse meio peito tem espaço.
E tem tanto que sobra.
Hoje bebi, sorri e joguei bola.
Hoje sorri, me diverti,
Sem querer ir embora.
E são nessas horas,
Que se percebe os acasos da vida.
Nosso trabalho, se tornando família.
Sobre o tempo escrevo.
Sob o tempo, escrevo.
Descrevo em versos,
Traços tortos,
Linhas curvas,
Tanto quanto o tempo.
Tempo voa.
Voa longe,
Pouco soa.
Vento voa levando o tempo.
Anteontem era Março,
Hoje já é Dezembro.
Não vi o tempo passar,
Nem vi a barba crescendo.
Lembrança recente,
De mim pequeno.
Com tanto tempo de vida.
Sem vícios, com tanta virtude.
Tempo dança,
Seus passos em silêncio.
Nunca vagaroso,
Nunca lento.
Tempo, tempo, tempo...
Sempre te procuro,
Nunca te tendo.
Rabisco versos.
Poesia incompreendida.
Rabisco os traços do dia.
Transformo a dor em canção.
Sentado no chão rabisco.
Descrevo o céu,
Num pedaço de papel,
Num papel de chão.
A chuva apaga.
A poesia passa.
Mas deixa suas marcas,
Que não passam em vão.
Eu rabisco o sol.
A lua aparece, flutua.
Parece estar nua,
Mas é só impressão.
Ou não...
Na vida eu aprendi,
A retirar os fones quando for falar.
E também quando for ouvir.
Aprendi a dar bom dia,
Para tudo e para todos.
Sejam humanos ou cachorros.
Aprendi a rir sozinho,
De crianças e adultos.
A jogar conversa fora,
Com os sãos e com os malucos.
Aprendi um pouco de tudo.
Absorvi um pouco de todos.
Às vezes acho que sou louco.
Às vezes acho que só um pouco.
Só um pouco, talvez...
Só um pouco.
Em passos lentos sigo.
Insisto num caminho sem volta.
Me revolta.
Me entristece.
mas acontece com os melhores amantes,
Melhores amigos.
Sigo a passos tortos.
Sei que não posso.
Mas persisto.
Poderia ser mais que amigo.
Seria mais que amante.
Mas antes que dissesse,
Antes que pensasse.
Fora selado nossa sina.
Me ensina a te esquecer, menina.
Me ajude a te olhar de outra forma.
Mas o que importa?
Se tudo que faço, ignora.
Maldita hora em que te conheci.
Em que te confortei,
Te sorri.
Poderia ter te ignorado,
Talvez assim, teria me notado,
De outra forma.
Enfim, não importa.
Linhas tortas,
De um amante esquecido,
Jogado no mais assombroso abismo.
Entre e o amor e a amizade,
De verdade?
Eu quero mais é que se foda.
São teus olhos perdidos no vento.
Olhando pro nada,
Presos em pensamentos.
Já faz tempo,
Que te perco por alguns momentos.
São teus olhos,
Que antes doces,
Hoje, cansados parecem.
Tem perdido o sono.
Perdido as noites.
Perdido tempo.
São teus olhos tristes.
Teus olhos cegos.
Não vê que, ao teu lado,
Ainda te espero.
Vai ver que nessa história,
O cego sou eu.
Que te dou o braço,
Te dou as pernas.
Mas não interessa.
Pois logo teu coração estará em festa.
Mas o motivo não será eu.
Serei mero convidado,
Pra caso falte garçom.
Que no final,
Ajudar a arrumar a casa,
Guardar o som.
Meu coração,
Por opção se tornara escravo.
Cometera o pecado,
Agora, chora largado.
Alagado de solidão.
Hoje joguei fora suas cartas,
As lembranças.
Joguei fora a aliança.
A lança cravada em meu peito.
Ferida aberta.
Sangue quente escorre.
Se eu sobreviver, será por sorte.
Mas prefiro a morte,
Do que tuas ilusões.
Joguei fora as fotos.
As viagens juntos.
Joguei fora os mundos,
Construídos sobre a areia.
Me livrei da teia.
Abri mão do passado.
Do futuro que sonhei ao teu lado.
Ah, meu amado...
Vieste armado de tantas mentiras.
Quis me exibir como sua conquista.
Deixando-me em pedaços,
Largada no chão.
Sem coração.
Sem sorte.
Em meus olhos a saudade escorre.
Corro.
Sofro.
Choro.
Sem respostas.
Me machucaste sem motivo.
Eras meu amigo.
Meu amante.
Confidente.
Quero hoje arrancar teus dentes.
Teu sorriso.
Não fará com outras o que fez comigo.
Dois tiros.
Duas balas.
Uma pra você.
Outra pra mim.
Romeu, Romeu.
Sou tua Julieta.
E este será teu fim.
Corpo frio,
Mão gelada.
Sonhara conquistar o mundo,
Agora não lhe resta nada.
Se não o vazio.
Gaveta apertada.
Se foi a vida,
Espírito que vaga.
Garganta esfolada.
Coração que batia,
Cansou de insistir.
Sangue que corria,
Escorria calçada à fora.
Não era pai,
Mas virou de família.
Não era esperto,
Mas virou exemplar.
Era bandido.
Mas virou boa gente.
Nunca chegou a matar.
Como era lindo seu sorriso,
Sentindo a vida escapar.
Agonizou,
Balbuciou,
Morreu.
Me pergunto se falta fará.
Poeta amador,
Almirante.
Que ama o passado,
As passistas,
Passarelas,
Passantes.
Poeta amador.
Que ama a dor.
Melancolia e tristeza.
Que vê a beleza na folha que cai.
Que vê em um sorriso
Um motivo a mais.
Poeta amador.
Escritor de primeira viagem.
Que traz nas tais folhas,
Pequenas passagens.
Pequenos amores.
Poeta amador se despede.
Faz seu gesto com a mão,
Dizendo até breve.
Deixando-te pronto,
Pra leitura seguinte.
Não pegue sua forca,
Nem corte seus pulsos.
A vida dá seu recado:
— Há beleza no mundo!
Poesia foi feita pra atingir,
Seja lá ou aqui.
Poesia sempre é feita pra alguém.
Pra amor ou desamor,
Seja de felicidade ou dor.
Poesia nunca é feita pra ninguém.
Poesia tem seu dono.
Poesia tem seu nome.
Só não me pergunte,
Que nome que é.
Meu corpo balança,
No compasso dessa música,
No embalo dessa dança.
Meu pé bate,
Minha mão acompanha.
Menina bonita se levanta,
Procurando um par.
— Não sei dançar.
— Pois vem cá, menino.
Hoje eu vou te ensinar.
Oh, menina nesse xote,
Não me encoste.
Pois eu vou me aproveitar.
E no balanço da tua saia,
Meu coração que se dispara.
— Cê pára. Que eu posso até me apaixonar.
Se não já me apaixonei,
Não sei.
Mas vem cá.
Só saio daqui depois de te beijar.
Passos dados,
Sem rumo,
Sem direção.
Viagem não programada,
Em busca de liberdade,
De proteção.
Caminha ao vento,
De pés descalços.
Largará os saltos,
Sapatos fechados.
Parece ter achado,
Um bom motivo pra se viver.
Quando era menina,
A vida parecia mais fácil.
Beijava os meninos,
Distribuía selinhos.
Ainda não tinha amado.
Agora crescida,
Já não sabe medir a dor.
Perderá mais um amor.
Perderá a razão.
O último causou,
Um rasgo em seu coração.
Sai sem rumo,
Todas as manhãs.
Em busca de paz.
Pois seu coração já cansou de tanto estrago.
Traz cigarro.
Um trago.
Um gole de café.
Já foi menina.
Já foi traída.
Agora é mulher.
Alma voa,
Sabe lá pra onde.
Vai para longe,
Pra perto do mar.
Vai amar.
Quem sabe a marte.
Vai voando,
Vai olhando,
Sem fazer alarde.
Alma voa.
Avoa pelas ruas.
Alma nua,
Sem vergonha.
Dança sobre pedras,
Ou sobre plantas.
Alma renasce.
Evolui e volta ao corpo.
Pensei estar morto.
Mas era a minha alma,
Querendo liberdade.
Entre tantos amores vivi.
Eram tantos que me perdi.
Nem vi você passar.
Eram tantos amores que sofri.
Quase não sorri.
Que antes de matar, morri.
Entretanto amei.
Entre tantos, amei.
Entre todos chorei.
Entre tolos chorei.
Me armei,
Munido de amargura.
Entre mortos e feridos.
Entre mortos e defuntos.
Atirei sem olhar,
Acertado em tudo.
Só te percebi,
Quando lhe vi cair.
Já quase sem vida,
E para sacramentar,
O meu nobre feito,
Dei um tiro certeiro,
Do lado esquerdo,
Do centro do peito.
Chorando inconsolável,
Por te ver partir.
Por te fazer partir.
Mas logo sorri.
Teu eu,
Parece meu.
Pelo menos,
Queria que fosse.
Terça fria,
Mente fechada,
Tento escrever mas não sai nada.
Teu eu,
Parece meu, insisto.
Janela fechada,
Não vejo sorrisos,
Somente o frio.
Pessoas caladas,
Todas ocupadas,
Não vejo graça,
Muito menos motivo.
Mas sinto um cheiro agradável,
Perfume doce.
Pois se não fosse,
Não o teria descrito.
E de tantas amarras que criei,
Me embolei.
Tropecei,
Cai.
Não levantei.
Me mantive ali, deitado.
Não medi o estrago.
Eu estava cansado.
De tanto ir e voltar.
De tanto levantar e cair.
De tanto chorar e sorrir.
E ali deitado,
Aguardei o meu fim.
A vida enfim me abandonara.
Mas antes de partir eu sorri.
Como quem sorri ao desconhecido.
Fim de tarde,
De noite, aliás.
Fim de festa, de trabalho.
Caminho procurando por paz.
Mas por onde ando,
Só encontro saudade.
Vestígios da minha infância,
Dos meus irmãos, dos meus sorrisos,
Lembranças.
Sob a luz caminho,
Por essas ruas de pedra.
Saudade, meu caro, saudade...
É tudo que me cerca.
Nostalgia maltrata,
Mas também alegra.
Nostalgia adormecida,
Que aqui desperta.
Dia longo, corrido.
Sozinho rio,
Sozinho fico.
Sozinho jaz.
Cidade Saudade,
Assim deveria se chamar.
Cidade Saudade,
Rio de ostras, de pedras.
Cidade me cerca,
Me cerca de mar...
De amar.
Cidade sorriso,
Sorrio.
Sob a luz do luar.
Mundo ao avesso.
Que de tanta pressa, tropeça.
Cai, chora.
Mas depois levanta.
Põe sorriso no rosto,
Põe mentira na cara,
E sorri.
Mentindo pra quem vem.
Mentindo pra si.
Não tem jeito.
Seu mundo se perdeu.
Continua vivendo, mas morreu.
Foi me perdendo que me encontrei.
Me encontrei perdido pelo caminho.
Numa estrada sem volta.
Sem meio e sem fim.
Me perdi por completo.
Sem teto, sem luz.
Me encontrei sozinho,
Perdido num monte de gente.
Todos estavam perdidos.
Não havia choro, nem vela, nem riso.
Só havia um caminho.
Estrada de terra.
Que em breve nos enterraria.
Estrada de chão.
Mas no fim, avistei uma luz.
Minha esperança.
Miragem enganosa.
Pois minha luz era a escuridão.
Sorri feito louco,
Como quem tem as cartas na mão.
Mal sabia eu que naquele jogo,
Eu era só um peão.
Bum bum bum...
Foram as últimas batidas do meu coração.
Se fores,
Trago flores,
Antes de te ver partir.
Se voltares,
Faço as pazes,
Pra não mais partir.
Mas se não vier,
Se não mais lhe ver,
Não vou chorar,
Nem vou mais sofrer.
Pois quem parte,
Faz por escolha,
Por opção.
Se escolheu a distância,
É porque não tenho importância,
Pro seu coração.
Já fui refém,
Já fui escravo.
Hoje sou grato,
por ser liberto.
Hoje estou livre dessa prisão.
Ou não...
Se encontro fôlego no teu sorriso,
Beijo tua boca até você perder o ar.
Até eu chegar ao céu,
Até o seu pé levantar.
Se da tua boca sinto o gosto,
Esqueço as outras bocas que beijei.
Os outros corpos que toquei,
Os outros nomes que dormi.
Se teus lábios encontrarem os meus,
Esqueço o que se perdeu,
E volto então a sorrir.
E se durante as tuas saídas,
Encontrar outros lábios,
Que desejem tanto os seus.
Peça gentilmente que me devolva,
Pois terão roubado os meus.
Talvez eu seja isso,
Nada mais.
Talvez seja só abrigo.
Quiçá um porto,
Um cais.
Que oferece abrigo,
Aos navios abatidos,
Nessa guerra chamada "vida".
Que não distingue o barco.
Desde que haja a ousadia,
E/ou a humildade de pedir ajuda.
A alguns, ajuda sem pedir.
Mas esses casos são mais raros.
Depende da pessoa, do afeto,
Enfim, depende do caso.
Talvez seja por isso que nasci.
Talvez seja esse o meu fim.
Talvez...
Talvez seja isso.
O segredo pra levar meu coração.
Sem muito segredo,
Você chega de um jeito,
Que me deixa no chão.
Sorriso aberto.
Teu mundo parece leve.
Então me leve,
Pra esse mundo que é só teu.
Pois meu coração ateu,
Se rendeu ao teu.
E nele não mando,
Sou eterno refém.
Sem medo escrevo,
Sem receio assumo.
Meu coração é teu.
De mais ninguém.
Hoje eu acordei,
E me vi apaixonado.
Acordei com o desejo
De estar ao seu lado.
E tudo que penso,
Me traz você.
Tudo que faço,
Faço pensando em você.
E não escondo.
Deixo claro nessa poesia.
Que tudo que eu queria,
É que fosse minha.
E desejo é coisa passageira,
Mas paixão é rasteira,
É maldade com o coração.
Paixão é loucura.
E de loucura eu entendo.
E o pior,
Estou louco na tua.
E eu,
Dessa forma despretensiosa,
Lhe jogo flores pela vida à fora.
Te trago flores pela casa à dentro.
Faço um jardim do meu quintal.
Teu corpo sinto,
Tão quente quanto o meu.
Sou seu.
Teu corpo deito,
Sobre o lençol limpo,
Sob teu corpo puro.
Que é meu.
Tua boca beijo,
Teu cheiro sinto,
Teu corpo cheiro.
Meio sem jeito,
Teu corpo sinto.
Teu corpo nu.
No travesseiro.
Teu corpo nu,
Teu corpo inteiro.
Teu corpo meu,
Meu corpo, teu.
Meu corpo um só.
Só seu.
Bom dia, flor.
Lhe trago com amor,
Essa rosa vermelha.
Não sei o que você acha,
Mas e se em vez de flores,
Tu ganhasse asas?
Pra onde voaria?
Pra onde iria?
Se fosse, voltaria?
Sei que partiria,
Sem pensar duas vezes.
Ficaria fora uns dias,
Quem sabe até meses.
Mas se pudesse, eu dava.
Minhas asas emprestava.
Aahh, se asas eu tivesse...
Minhas asas te dava.
Teu encanto, moça.
Teu largo sorriso.
Tua boca é como um rio.
Que meu barco insiste em navegar.
Aaahh...
Quando nesse rio eu cruzo,
O teu barulho escuto,
Tua voz tem toda a razão.
Parece poesia,
Parece paixão.
Te embalo nessa dança louca,
Quando vejo,
Tua roupa no chão.
Me embalo,
Nesse sábado à noite,
Quando me dou conta,
Como em sua mão.
Te embalo,
Nesse sábado trocado.
Nessa noite de terça.
Só não perco a cabeça,
E nem perco a razão.
Ou não...
Faço desta carta,
Uma despedida.
Pra toda a vida.
Para todos, sempre.
Pois me cansa ser completo,
E receber metade.
E se de tudo,
Só me der migalhas.
Sou grato,
Mas não mereço tamanha piedade.
Nunca pedi mais do que presença,
Mais do que uma conversa num bar.
Me despeço nessa carta,
Das pessoas que se deram pela metade.
Das pessoas que nunca foram de verdade.
Das pessoas que sempre viveram do lado de lá.
E pra desfazer a minha ausência,
Aceito um telefonema,
Quem sabe até uma visita.
Mas não espere meu retorno.
Não me tome por carente,
Pois por carência mantive essa superficialidade.
E se não pode ser de verdade,
Prefiro que nada seja.
Na verdade, prefiro que nem exista.
Não espero que insista,
Muito menos que leia.
Se gostasse de poesia,
Me teria na prateleira.
Estive deitado,
Ou sentado.
Não lembro.
Acho que estive deitado,
Só por um tempo.
Mas isso não vem ao caso,
Nem ao momento.
A verdade,
É que enquanto estive deitado,
Você me veio ao pensamento.
E fui tomado, domado.
Pela lembrança que trago aqui dentro.
" Aquele dia no centro,
Debaixo de chuva,
Sob forte vento.
Eu te abraçava,
Você tremendo.
Tua boca encostada na minha.
Não soltava faísca.
Não criava fogo.
Mas o frio, passou pouco a pouco.."
Cedo acordo,
Olho em volta,
Teu sorriso ainda espero.
Com teu sorriso eu me desperto.
Dia passando,
Pressa alguma.
Vou à rua,
Teu sorriso encontrar.
Teu sorriso está lá.
Estarei lá.
Estarás?
Restará alguma pista,
De onde possa te encontrar?
Um endereço,
Um bilhete,
Sei lá.
Deixo-te livre,
Pra voar e partir.
Se teu desejo é voar,
Que vá.
Não sou teu dono,
Pra te aprisionar.
Não vá. Digo...
Não quero que vá.
Não quero pensar em vê-lo indo.
Só não demore a voltar, sábado.
Não quero pular de sexta para domingo.
Não sei ser metade.
Meio amigo, meio amante.
Não sei ser meia verdade.
Não sei ser meio rude,
Meio hostil.
Não sei ser meio atencioso,
Nem ser meio gentil.
Não sou meio.
Sou inteiro.
Por inteiro.
Talvez, o máximo que seja,
É ser meio menino.
Meio pateta, meio sonso,
Meio sozinho.
Talvez até tenha um meio sorriso,
Meias palavras,
Meio quietinho.
Mas a verdade,
É que sou extremo,
Até quando sou metade.
São tantos textos espalhados.
Tanta vírgula, tanto ponto.
Tantas linhas, entrelinhas.
Tanta poesia, tanto conto.
Tanto quanto o poeta disse,
Na poesia que outrora li.
Tanto escrevo,
Que estou aqui.
Em versos simples.
Confusos, diria.
Não ria,
Da minha confusão.
Ria não.
Poeta velho,
Escreve sem rimas.
Descreve a ruína,
De seu coração.
Poeta novo,
Escreve com amor.
Ainda não conhecera a dor.
Ainda tem coração.
A poesia tem suas fases,
E o poeta, não?
Sinto o vento frio,
Que traz um toque de leveza.
Leva o cansaço,
A solidão e a tristeza.
Traz a paz.
Um livro, um vinho e um trago.
Traz a paz.
Algumas folhas, uma caneta e muito trabalho.
Vento frio não vá,
Permaneça.
Mais tarde, um bom filme,
Doses grandes de preguiça.
Quem sabe até uma cerveja.
Em linhas descrevo.
Em versos infantis.
Paixão besta,
Coisa de menino.
Que se sente sozinho outra vez.
Pois bem,
Me diz.
Qual o segredo pra ser feliz?
Qual o caminho seguro â seguir?
Não falo de mim,
Mas da circunstância.
Não caminha a tristeza ao lado da alegria?
O esquecimento ao lado da lembrança?
Se coerência me falta,
Que basta!
Que... besta.
Passo os dias pensando,
Sonhando com teus olhos.
Lembrando de teus traços.
Mesmo não sendo o seu amado.
Mesmo não sendo chegado.
Mas amor não se escolhe,
Se sente, somente.
Só não minto pra mim,
Pois quem mente assim,
Não é dono de si.
Não sou dono de ti,.
Mas não disfarço.
Pelo contrário,
Sou direto.
E revelo, na cara dura.
Que se você deixar,
Eu tiro sua blusa,
Beijo seu pescoço.
Passo a mão em teu rosto.
Mexo no teu cabelo.
Te deito em meu peito,
Te faço dormir.
Porque é assim,
Que te quero pra mim.
Direto.
Meio escrachado.
Sinceramente,
Exagerado.
Então, não vem tirar o meu riso torto,
Com nenhum conselho bobo,
Com nenhuma crítica,
Ou qualquer besteira.
Quer saber?
Cansei!
Sorri.
Sou rei.
Quando pequeno,
Eu queria ser rico.
Ter casa grande,
Carro caro,
Ter muitos filhos.
Hoje vejo a riqueza tão pobre,
Que ainda quero ser nobre.
Mas nobre de espírito.
A vida é isso,
Sorriso.
Só isso.
A vida é osso.
É choro.
Lamento e desgosto.
Só corro.
Corro só?
Socorro.
Corrói tanto que parte.
A vida, é um eterno "emenda e solta".
De amarras, amores, mazelas.
De meninos, meninas, donzelas.
A vida é isso.
Indefinida que só.
Se existe um livro pra vida,
Não cabe no céu,
Pois seu tamanho é maior.
Nunca vesti a armadura de jorge,
Por algumas vezes,
Vesti a de Cristo.
Não quero dizer que não preciso.
Mas hoje, não visto armadura alguma.
Aprendi a andar nu,
Não que seja o mais seguro.
Mas decidi não me privar de nada.
Desejo conhecer o mundo.
Que venham as desilusões,
As decepções.
O santo é de barro,
A carne é fraca.
E sei o quanto isso abala...
Mas tristeza eu trato em casa.
E trato sozinho.
Mas agradeço,
Por tudo que me foi concedido.
Por toda sorte,
Toda conquista.
Por seguir, ileso, o meu caminho.
Não agradeço a santo...
Agradeço a Cristo.
Roda de samba,
Vestido rodado.
Ela gira, ela dança.
Abre mão do passado.
Não sente o cansaço,
Tem os pés descalços.
Largara o salto,
Pra por os pés no chão.
Ela só ouve o batuque,
Seguindo o compasso do coração.
Sorriso largado.
Larga de lado a tristeza.
Requebra a cadeira,
Vai dando canseira na solidão.
Menina levada,
Um mulherão.
Quando chega na roda,
Deixa qualquer homem no chão.
Sábias palavras,
Deixo a tua sabedoria me ajudar.
Ouço tuas palavras,
Deixo o teu conselho me guiar.
E se tudo está perdido,
Eu te ligo,
Deixo a tua voz falar.
Depois desligo,
Analiso,
Pra depois eu caminhar.
E na minha vida,
Sigo meu rumo.
Quase sempre com orgulho.
Mas a sua eu sempre vou me dobrar.
Segui meu caminho,
Sempre sozinho.
Mas você com seu sorriso a me acompanhar.
Quando cansado,
Corro pro mar,
Ouço a tua voz falar.
Corro pra casa,
Pro telefone,
Deixo a tua voz falar.
Segui meus passos,
Sempre sozinho.
Mas pra sempre eu vou me lembrar.
Dos teus conselhos,
Do teu sorriso,
Que nunca me deixou desanimar.
Sou filho rebelde,
Fugido de casa,
Que apanha do mundo,
Por estar sozinho.
Mas sozinho nunca está.
Não importa o tempo,
Nem a idade.
Pois tenho certeza,
Que a tua voz,
Eu sempre vou escutar.
Tempo que corre,
Quem pode, se esconde.
Grande ilusão.
Se esconder aonde?
Tempo que passa.
Passa sem dó.
Não espera, não diminui.
Nem dá um passo maior.
Tempo cruel,
Quando se vê, já passou.
Saudade da adolescência,
Quando fui ver, o tempo levou.
O que sobra é saudade.
É o que tempo deixou.
Sinto chegar em casa,
E sentir seu vazio.
Não sentir seu cheiro.
Não ouvir seu choramingo.
Sinto deitar,
E não ter mais lambida.
Não ter alegria.
Não ter mais que brigar.
Sinto tanto que ainda dói.
Sinto tanto que me destrói.
Sinto tanto que finjo não me importar...
Finjo não chorar.
E tudo que eu queria,
E que tudo não passasse de sonho.
De um triste pesadelo.
E então acordar com a cara cheio de pêlo.
Sinto não ser,
O que você precisava.
Sinto tanto que dói.
É, saudade...
Me invade nas noites mais frias,
Distribui em versos sua melancolia.
E hoje, só o que eu queria,
Era o teu abraço apertado.
Que me livra de toda dor.
Pois não sei como em ti,
Cabe tanto amor.
Ao teu lado sou criança.
Não cresço. Não envelheço.
Não rodo nessa ciranda.
Sou sempre pequeno,
Pra sempre menino.
Debaixo de tuas asas me abrigo.
É pra você que eu ligo,
Quando não sei mais o que fazer.
E das poucas vezes que chorei ao teu lado,
Foi por não querer te ver sofrer.
E se percebo tua dor,
Perco meu chão.
Pois durante toda a minha vida,
Foi exatamente isso que foi.
Meu chão, meu teto, meu abrigo,
Minha coluna, meus sustento, meu auxílio.
E hoje percebo,
Que já escrevi pra quem não merecia.
Mas nunca escrevi,
Pra quem me gerou a vida.
Sou teu filho,
Tua cria.
Sou teu sangue.
E você, minha vida.
E se me sinto só,
Foi porque assim eu escolhi.
Assim eu me criei,
Foi assim que eu vivi.
Da solidão me fiz,
E continuo assim.
Não justifico,
Não me explico,
Só me quero pra mim.
Parece complicado,
Mas é simples.
Simples assim.
Se me falta amor,
Falo com pesar,
Que a minha dor,
Não me deixa amar.
Vivendo de ilusão,
Pulando sem parar.
De coração em coração,
Sem conseguir ficar.
Sem descansar.
Sem cessar.
Sem mar.
Só dó.
Só.
!!
E sinto o vento,
Leve e frio,
Levando meu desespero.
Leva junto minha aflição,
Meu medo.
"Vento que venta lá,
Venta aqui."
Balança, balança.
Mas não me deixo cair.
Se me derruba, levanto.
Me ponho em pé e continuo.
Não trago sonhos,
Trago comigo o meu mundo.
Minhas metas inconstantes,
Voam, voam pra longe.
Como se já não voasse o bastante.
Vida:
Se fosse fácil, seria vadia.
Se não tivesse valor, te acharia na rua.
Se fosse prática, viria com bula.
Do teu cheiro ainda lembro,
Mesmo depois de tanto tempo.
E sinto o quanto me abala,
Sinto seu cheiro assim, do nada.
Cheiro misturado, forte.
Misto de cigarro e suor.
Que antes, meu estômago embrulhava,
Agora é o peito que sente um nó.
E quase choro,
Quase me entrego a essa saudade que me aperta.
Ônibus lotado,
Coração apertado.
Tanto aperta que chega a doer.
Sentindo a falta do teu cheiro,
Falta do teu rosto.
Falta de você.
Querido irmão,
Não te deixo ir não.
Pois a tua lembrança,
É o que te mantém vivo em mim.
Se me jogo,
Você se afasta.
Diz que sou muito apressado.
Se eu dou um tempo,
Reclama.
Diz que eu já não tenho cuidado.
E nesse labirinto sentimental,
Sigo em ovos pisando.
Medindo o tempo,
Calculando os danos.
A esperança por inteiro me abandonou.
E em outros braços,
Desperdiço o meu amor.
Meu tempo.
Meu calor.
Sonhando um dia ainda ser seu,
Sonhando um dia ser seu grande amor.
Mesmo sabendo que sempre te esperei,
E você nunca se importou.
Tenho tanto amor,
Que me transborda.
Ando por aí,
Despejando amor,
De porta em porta.
Pois de amor sou feito.
De amor sobrevivo.
Pois amor é tudo do que preciso.
Não sou fã de beijo,
Muito menos de abraços,
Mas os faço se preciso.
Pois faço de tudo,
Pra ver teu sorriso.
E com essa poesia engraçada,
Que parece ser de criança.
Te convido a escutar essa música.
Te convido a entrar nessa dança.
Coração carente,
Se entrega, se rende,
Ao primeiro passante.
Se ilude, se apaixona,
Não existe ninguém nesse mundo,
Que não o encante.
Coração quebrado,
Que em tantos pedaços,
Se multiplicou.
Costurado, remendado.
Cicatriza fácil,
Restando as marcas que o tempo deixou.
Coração vivo,
Que carrega em si a esperança,
De entrar nessa dança,
E não mais sair.
Coração,
Abandonou a razão e vive só.
Segue livre, mesmo com tantos nós.
Fazendo da poesia seu confessionário,
Espalhando pelas linhas seus calos.
Sem amargura ou sensação de fracasso.
Coração palhaço?
Não acho.
Pois meu coração trilhou
Seu próprio caminho.
Não se rendeu, não fraquejou
Mesmo sozinho.
Coração gigante,
Que mesmo machucado,
Deu abrigo a seus passantes.
Deu pão e comida.
Deu sorriso, alegria.
Deu boa noite e bom dia.
E dessa poesia,
Sem pé, nem cabeça,
Fico com a certeza,
Que meu coração segue o caminho certo.
Segue o caminho que ele mesmo escolheu.
Na vida aprendi,
A não correr atrás.
Quem quer vem por vontade,
Saudade.
Quem não quer, vem por interesse,
Atrás de vantagem.
Deixo todos soltos,
Alguns voltam,
Outros não vejo mais.
Se achar por bem partir,
Tudo bem.
Só peço que me deixe em paz.
Se meus dragões lhe parecem,
Moinhos de vento,
Não me deixe lutar em vão.
Se tudo for fruto da minha loucura,
Senhor, me ajuda.
Desejo ser são.
Mas se a sanidade,
For tirar minha essência,
Meu senhor, com licença,
Recuso sua boa ação.
Meu caro, me desculpa,
Sei que não é sua culpa,
E sim do meu coração.
Se meu destino é ser o Dom Quixote,
Tenho pra mim como sorte.
Pois se minha loucura,
Lhe parece absurda,
Seguirei pra sempre na contramão.
Flores esquecidas no jardim.
Esperaram por nós.
Nas verdade, esperam só por mim.
Pois o "nós" não existe,
Provavelmente, nunca existiu.
Deixo as lembranças,
Os sonhos que fiz pra nós dois.
Sigo meu rumo só.
Sem dor, nem pesar.
Tendo a certeza de assim está melhor.
Sigo só,
Sigo meu.
Desfaço o nó.
Adeus.
Solto os laços,
Cordas invisíveis.
Que aprisionam esse sensível coração.
Quem lê minha poesia,
Vê a beleza,
Mas não vê a dor desse meu coração.
Desfaço os nós,
Nós tais que eu mesmo fiz.
Sem pedir licença,
Sem permissão,
Me amarrei porque quis.
E dessa vez,
Nem a solidão espero.
E sim, a mim mesmo.
Auto-suficiência, meu caro.
Vencer as barreiras do medo.
Prometo a mim,
Por esse pacto proposto,
Não mais insistir, nem sofrer,
Por algo que não seja meu.
E com essa poesia lacro.
Selo sem dó essa sina.
Que de todos os males me ensina,
Que estar só é o melhor pra mim.
Musa da minha poesia,
Quantas mulheres tiveram tal sorte?
Ter seus traços descritos,
Nos versos de cada estrofe.
Moça do meu pensamento,
Que em cada verso se esconde.
Me diz de onde,
Vem tua beleza tão pura?
Se te exponho em versos,
Não é minha culpa,
Não posso evitar.
Pois há tempo habita em meu peito,
Em meus sonhos,
E não consigo tirar.
O seu nome não disse,
Não me cabe dizer.
Se te quero, deixo escondido.
Pra não te fazer sofrer.
Pois de ti quero o sorriso,
Minha meta de cada amanhecer.
Poesia minha,
Poesia pura.
Essa poesia é tua.
Largo o medo,
Mais uma vez.
Me entrego ao incerto,
Desprezando o estrago que o último fez.
Abro o peito,
Exponho as feridas.
Que ainda são doloridas,
Ainda estão lá.
Mas não nasci pra me prender,
Pelo contrário, me lançar.
Por mais que doa,
Por mais que sofra,
Não sei recuar.
E de todas as incertezas,
A única certeza é a de tentar.
Posso pecar por qualquer outra coisa,
Menos por medo de errar.
E se não der certo,
Se ao fim da linha chegar.
Levanto. Espelho a poeira,
E contínuo a tentar.
Meu coração está cheio,
Que chega a transbordar.
Espalho pedaços de mim,
Pra você me encontrar.
Grito ao vento:
— Aaaaaahhh!!!!!!
Sussurro ao seu ouvido:
— Não me faça esperar.
Pois tudo que tenho quero te dar.
Meu ar, meu lar, meu eu.
Ser seu.
Seu lar.
Morena,
De tudo que escrevo,
Trago seus traços.
E dos teus braços e abraços,
Faço poesia.
Morena
Se te canto esse canto torto,
É pra ver em seu rosto o brilho do mar.
E do teu encanto,
Sem pranto,
Só canto pra te conquistar.
Morena,
Se tu "cola" comigo,
Te mostro o perigo,
Que a poesia pode causar.
Se nesse mar eu mergulho,
Mesmo não sabendo nadar,
É que no fundo eu acredito,
Que o mar irá me levar.
Se nessa dança eu eu entro,
Mesmo não sabendo dançar.
É que no compasso da moça,
Eu vou me aproximar.
Se eu pulo dessa altura,
Mesmo tendo medo de altura.
É por que preciso me desafiar.
Se eu fecho os olhos,
Sozinho, em casa.
É porque a tristeza encontrou seu lugar.
Mergulho, danço, pulo e choro.
Não sou de ferro,
Não sou ator,
Sou poeta sensível,
Que faz poesia da dor.
Do amor.
"Me encontra,
Ou deixa eu te encontrar."
Entre as ruas da vida,
Procurei alguém com teus olhos,
Teu sorriso.
Andei perdido,
Sem rumo ou sentido.
Procurei em cada esquina,
Em cada rosto.
Em cada olhar perdido.
Te procurei e sigo a procurar.
E quando me falha a fé,
Me falta o ar,
Me falta força.
Me falta pé.
E seja o que Deus quiser,
Sabe-se lá que Deus é esse...
Me encontre.
Me deixe te encontrar.
Me deixe não cansar de procurar.
"Deixa eu te levar pra ver o mundo, baby.
Deixa eu te mostrar o melhor que eu posso ser."
" Pensa num cara que anda feliz
Pra cachorro
Mas pensa assim num cachorro
Pra lá de feliz
Desde que te vi, que o chão não
Tem fundo, que o céu não tem forro
Cantarolo e morro de rir."
Desde que te vi,
Com teus olhos miúdos.
Sabia que dali em diante,
Mudaria meu mundo.
Te dei meu lar,
Meu afago, meu sorriso.
Te dei meu tempo.
Dei muito mais que um abrigo.
Em troca, me deu o sentido.
O motivo exato que precisava.
Agora, quando chego em casa,
Tudo que quero é ouvir seu latido.
As vezes você me enche o saco,
Com sua excessiva dependência.
Mas faz por inocência,
E não me irrito.
Nem lhe castigo.
Te deito ao meu lado,
Te deixo comigo.
Tenho tanto amor,
Que as vezes eu mesmo não sei...
Você me adotou ou eu te adotei?
Nina...
Pequenina criatura.
Que até em seus defeitos,
Vejo doçura.
Teu corpo nu,
Passeando na sala.
Janelas abertas,
Dentro de casa.
Teu corpo alto e magro,
Com pernas compridas.
Tuas curvas suaves,
Totalmente me excita.
Teus seios pequenos,
Desaparecem em minhas mãos.
Tua cintura saliente,
Desperta não só a minha mente,
Mas a minha inspiração.
Teu corpo suado,
Tem gosto de pecado.
Se mexendo com delicadeza,
Com tanta destreza,
Que me tira do chão.
Mas não me faço refém,
E não tenho pudor.
Mas só faço com amor,
E isso você já tem.
Penso em seu sorriso,
Quase todo o meu dia.
Quem diria,
Meu coração que antes livre seguia,
Se rende as grades dessa prisão.
Regime semi aberto.
Entro na cela e te espero.
Sento na cela e escrevo,
A poesia mais bela.
Pena não ter janela,
Pois tudo ficaria mais belo,
Feito nos filmes de amor,
Braços escorados,
Corpo encurvado,
Assistindo o sol se pôr.
Essa é mais uma história de amor.
Essa é mais uma poesia de um amante.
Distante.
Distraído.
Que vê um sorriso,
Mesmo que perdido,
E o chama de amor.
Poeta sem fantasia,
Não sabe mais escrever,
Não faz poesia.
O rio secou,
A inspiração se foi.
Não disse adeus,
Nem um "volto depois".
Poeta esquecido,
Dentro de si.
Se esconde em casa,
Diz que não vai mais sair.
Poeta esquecido.
Esquecido por si mesmo.
Menino assustado,
Se esconde no armário,
Do pai ou padrasto.
Ouve do seu quarto os gritos,
Se sentindo covarde.
Menino crescido,
Carrega a dor ao longo da vida.
Nunca esquecera o som daqueles gritos.
E dentro de si carrega escondido,
O peso que o sentimento de covardia traz.
Jamais se curara,
Jamais esquecera.
Parece besteira,
Mas não julgue uma dor que você nunca sentiu.
Gasto minhas palavras pra te seduzir.
Te escrevo poesia, te dou bom dia.
Pra te fazer sorrir.
Te jogo indiretas,
Pra ver se você pega.
E nas entrelinhas,
Deixo claro a minha intenção.
Sei que pareço menino,
Talvez ainda seja.
Mas sei jogar o seu jogo,
E se der espaço eu entro,
"Pra dentro" de ti,
E depois que eu entro,
É difícil eu sair.
Parece um recado,
Mas juro ser só poesia.
"Pra bom entendedor,
Meia palavra basta."
Pelo menos era isso que o ditado dizia.
Em noite fria escrevo,
Deixando de lado o receio.
Deixo de lado o medo de te perder.
Te escrevo rodeado de saudade,
Coração apertado,
Não sabe mais viver sem ti.
Pareço menino,
Escrevendo o que sinto.
Pareço garoto perdido,
Escrevendo num livro,
Um sentimento tão lindo.
Sou menino.
Não nego, não minto.
Sou menino.
Brincando de amar
. Fica em casa sozinha,
Me espera chegar.
Latidos, rabo abanando,
A me esperar.
Podia ser gente,
Minha melhor companhia.
Não sei se me entende,
Mas me acompanha no dia-a-dia.
Não importa se é macho ou fêmea,
Grande ou pequena.
Preguiçosa ou "espoleta".
Não sei se te escolhi ou você me escolheu.
Mas desde que apareceu,
Facilmente sorrio.
E agora sem você,
Meu lar é um eterno vazio
Solidão é faca,
Que corta a alma.
Só não corta a garganta.
Deste maldito covarde.
Ama tanto que é incapaz,
De dar fim a própria vida.
Solidão é ferida que não sara.
Que corrói feito ferrugem.
O coração de um pobre poeta.
Maldita sorte.
Maldita sina.
Me assassina
Mas não me deixa morrer.
Nos meus textos,
Meus segredos.
Quase toda a minha vida.
Meus dramas, amores e medos.
Minha história esta escrita.
Nos meus textos sempre coube,
Uma dose de melancolia,
Dois dedos de alegria,
Meio copo de euforia.
No meu caderno tenho escrito,
Quase toda a minha vida.
Meu maior medo,
É ter minhas histórias esquecidas.
Sou só.
Sou careta.
Só poeta.
Um caderno e uma caneta.
Janela de ônibus,
É uma coisa esquisita.
Sempre me pego parado,
Olhando pro nada,
Pensando na vida.
Sentado na mesa,
Deixo o tempo passar.
Vou lendo suas mensagens,
Vasculhando meus textos.
Te procurando nas linhas.
Vou escrevendo sem parar,
Sem parar de pensar,
Sem pensar em parar.
Escrevendo, como se fosse uma carta.
Sem destinatário e sem remetente.
Escrevo pra mim.
Escrevo pra gente.
Pois entre a gente não tem segredo.
O único mistério,
Que nos separa,
É o simples fato,
De não saber quem és..
Nem de onde vem.
Muito menos, pra onde vai.
Sem mais, me despeço.
No cep, segue meu telefone.
Abaixo o meu nome.
Mas não meu endereço.
Nada pessoal.
Mas quero sossego.
Menino de rua,
Sob a luz da lua caminha.
Não tem morada, destino ou abrigo.
Sente frio.
Sente fome.
Há tempo não come.
Segue com seu cão.
Que dê tão magrelo faz pena.
Faz pena até ao pobre menino,
Que divide o que não tem,
Com o amigo faminto.
Pobre menino...
Sem sorte, sem crime.
Paga por um mal que não fez.
Não pediu pra nascer,
Quem dirá pra morrer.
Menino de rua,
Caminha carregando o vazio.
Vazio de alma, corpo e espírito.
Preserva ainda um sorriso,
Sabe-se lá porque ainda sorri.
Nós, humanos de mais sorte,
Não percebemos a sorte que temos.
Não dividimos o que nos sobra.
Morrendo afogado dentro de si.
O menino de rua se vai.
Sabe Deus pra onde.
Deixa em mim a sua mensagem,
Que parece escrita com sangue
Desisti de tentar te entender
E deixo o tempo correr,
Pra responder as perguntas.
Aprendi a ser dono de mim
De saber o que quero.
Sinto muito, mas não te espero.
Nem te quero assim.
Não entre nesse dilema,
Não quero problema.
Se quer vir venha, não espere eu chamar.
Você já conhece minha vida, minha casa.
Você sabe onde eu moro,
Onde escondo as chaves,
E sabe a que horas chegar.
Então não me venha com desculpa,
Não que a culpa seja sua,
Mas nessa indecisão não vai rolar.
Essa é uma poesia,
De despedida.
Até breve ou até nunca?
Deixo a pergunta no ar.
Vida vazio, solidão me invade.
Parece exagero, mas é verdade.
Vida vazia mergulho,
No mais fundo do poço, na lama.
Escuridão exagerada,
Não vejo nada, não quero nada.
Busco em vão a paz,
Que cada vez mais se desfaz.
No silêncio desse quarto vazio.
Parece depressivo, eu sei.
Mas não há como fugir.
É o que sou, o que sinto.
Não dá pra omitir.
Busco em muitos sorrisos a paz.
Não tudo que preciso esta apenas em mim.
Espero um sorriso,
Ao chegar em casa cansado.
Espero um abraço apertado,
E um beijo quente.
Espero uma conversa fiada,
Saber como foi seu dia.
Sobre as meninas chatas do trabalho.
Suas revoltas e suas conquistas.
Gosto tanto disso,
Que é a parte mais importante do dia.
Voltar pro castelo,
Beijar minha rainha.
Acho que sou o homem mais feliz desse mundo.
Acho que sou o homem mais sortudo.
Te tenho.
E isso pra mim é tudo.
Dona, de teus lábios quero o doce.
O mel da tua boca.
O suor do teu corpo,
Ouvir o cair da tua roupa.
Dona, quero ver teu banho.
A água descer pelo teu corpo.
Que agora esta nu e molhado.
Não me basta a nudez,
Não dessa vez.
Talvez me basta a poesia,
Que as tuas curvas trazem.
Na minha mente alucinada.
Não me bastará teu suspiro,
Muito menos teu gemido,
Que aumenta a minha tara.
Quem sabe, bastará tua voz,
Me dizendo: " Não pára, não pára!"
Mas é certo,
Que me bastará o sossego.
Quando deita em meu peito,
E te vejo dormir.
Sendo assim, me sinto completo.
Completo por inteiro.
Pois não tenho dinheiro,
As vezes, não tenho nem mesmo razão.
Mas te tenho pertinho,
Ouvindo o meu coração.
Não sei porquê,
Mas antes de você,
Nada fazia sentido.
Nada tinha graça.
Agora levanto bem cedo,
Te beijo o rosto.
Abraço apertado,
Cheiro gostoso.
Teus olhos pequenos,
Acabara de acordar.
Queria te fazer companhia,
Mas tenho que levantar.
Te espero na volta.
Como quem marca um encontro.
Te espero em casa,
Às nove "em ponto"
Não somos casados,
Somos amantes.
Amantes de si,
Entre si.
De ambos.
Dia amanhece,
Acordo bem cedo.
Sem medo ou receio,
Com minha armadura.
Encaro o mundo,
Parto pra luta.
A solidão me abraça,
Com seu laço certeiro.
Me amarra, me prende.
Sufocando meu peito.
A solidão me abraça.
E vejo seu rosto faceiro.
Me ama, me deseja.
Me quer como seu companheiro.
Me seduz com seu olhar cruel,
De quem sabe seduzir um poeta,
Que gosta da dor.
Que fez do vazio o seu céu.
Seu inferno, eu diria
Ah, solidão...
Por que tem prazer em me fazer de escravo.
Por que se satisfaz no maltrato,
Desse pobre coração.
Aaahh, solidão...
Por que não me dá um sossego?
Por que faz morada em meu peito,
Me tirando a razão?
A cada dia, mais enlouqueço.
E o seu velho hospedeiro.
Se cansou de ser chão.
Solidão, assine a minha alforria.
Pois eu quero alegria,
E não lamentação.
Solidão, por meio desta solicito,
Pedindo como um amigo.
Mas se insistir em me prender,
Juro pela minha vida,
Eu mato você.
Infância tola,
Cheia de medos.
Sensação de que não tive,
Uma infância direito.
Não cai do cavalo,
Nem mesmo corri.
Não me arrisquei a aventura,
Por medo de me ferir.
Ah, saudade da infância...
Dos bichos-de-pe...
Coceirinha gostosa.
Ah... A casa da vó "Né"... Rs
Quanta saudade,
De bolo e cocada.
De fruta do pé.
Do suco de manga, acerola.
De biscoito e café.
Posso não ter me aventurado,
Mas não fui menos feliz.
Posso não ter me ralado muito,
Nem quebrado o nariz...
Ah, mais eu fui...
De fato eu fui muito feliz.
Nosso amor era um nó,
Tão cego quando o amor que em nós ardia.
Quem diria,
Que o tempo puiria nossa linha?
Quem diria que o tempo nos afastaria...?
Hoje quem olha os escombros,
Não vê o quão belo foi nosso lar.
Hoje quem olha pra mim,
Não vê o quão grande era o meu amor.
Hoje sem nó,
Sem linha.
Caminho só e cego...
Até o fim.
O fim dos dias.
Se o tempo continua a passar,
Se eu não começar a viver.
Serei um eterno poço de amargura,
Solidão, que abunda meu ser..
Se fosse verdade...
Quem disse que não pode ser?
Poeta que muito escreve,
Tem tendência a sofrer.
"Se fosse fácil achar o caminho das pedras, tantas pedras no caminho não seria ruim."
Amor distante.
Distância que saudade traz.
Saudade que a solidão me leva,
Solidão que em minha casa jaz.
Amor distante,
Que se fosse perfeito eu rejeitaria.
Mas se fosse mais perto,
Eu agradeceria. Rs
Amor distante,
Que descubro em cada conversa.
Que aumenta a cada canção.
Amor distante,
Que se a distância virar um problema,
Eu me mudo pro seu coração
Pouso em ti,
Repouso absoluto.
Não choro, não temo.
Durmo.
Atraco meu barco velho e cansado.
Velas quebradas, casco furado.
Tempestade cerrada,
Quase me afunda.
Teu porto pequeno,
Teu peito, pequeno e macio.
Me deito.
Sonho com o mundo vazio.
Acordo com medo,
Teu abraço me afaga.
Me laça.
Me socorre.
Resgate certeiro.
Repouso em teu peito.
Agora sonho contigo.
Mundo pequeno,
Sentada no ônibus,
No colo da mãe.
Se encanta com prédios,
Com carros passando.
Sorriso sincero, gostoso,
No colo da mãe.
Criança pequena,
Nesse mundo malvado,
Recebe o cuidado.
No colo da mãe.
Criança pequena,
Que depois de crescida,
Morrerá de saudades,
Desse colo de mãe.
Apago a luz,
No silêncio refúgio.
No vazio a calma,
Lá fora o dilúvio.
Aqui dentro tempestade,
Fortes ventos me abalam.
Me atrasam.
Mas não me param.
Penso na vida,
Em tudo que já vivi.
Já levei muita porrada,
Nunca desisti.
Nunca recuei,
Já parei, cansei.
Mas retroceder é algo que nunca farei.
Pensando bem,
Até faça. Vai depender do fim,
Do fim dessa estrada.
Não sou assim, tão orgulhoso.
Se eu ver que errei, eu volto.
Faço tudo de novo.
Entre o céu e o inferno,
Existe um rio.
Mergulho.
Te acho. (miragem)
No fundo, sempre te procuro.
Entre o céu e o inferno estou.
Pé lá, pé aqui.
Entre a vida e a morte.
Entre chorar e sorrir.
Mas, pra ser sincero,
Sinto mais o calor das brasas,
Que a brisa suave.
Eu sempre vou voltar se você chamar,
Sempre vou voltar se você pedir.
Eu sou assim,
Não sei ser de outra forma.
Agora, se quer partir, vá.
Mas se desistir,
Estarei aqui.
E quando você voltar,
Certamente estarei aqui.
Poeticamente, descrevo tuas linhas.
Tuas curvas, diria.
Que me encantam, mesmo distante.
Você é a forma mais bela
De gente bonita, que já conheci.
Tua beleza tem luz própria,
Vem de dentro pra fora,
Pra me seduzir.
E sonho ir até aí.
Todos os dias até.
Cálculo e recalculo os dias,
As possibilidades ..
Andei pensando até em ir à pé.
Sonho acordado.
Sorriso largo, largado.
Ganha "de lavada" da solidão.
Silencio na casa, vazia.
Até triste, diria.
Pego um livro,
Ligo o som.
A música me faz companhia.
Sorrio sozinho.
Meu mundo, meu lar.
Minha casa, meu reino.
Estou começando a me acostumar.
Maldito gato, desfilando no muro.
Voltando do diário passeio noturno.
Com seu rabo levantado,
Se sentindo dono do mundo.
Vagabundo!
Vivendo de orgias de telhado em telhado,
Não conhece pecado,
Não conhece Deus.
Não tem trabalho,
Nem contas a pagar.
Não tem nem mesmo dono.
Animal imundo!
Como queria eu,
Viver o teu mundo.
Sereia,
Aqui da areia ouço teu canto.
E sem espanto sigo tua voz.
Posso ter caído em teu feitiço,
E de longe eu sigo. Perdido.
O que você não sabe,
É que não sou inocente.
E é você quem corre perigo.
Pois sobre você, cairá seu feitiço.
Me atraia pra perto,
Certo de que vou cair.
Mas quando você menos esperar,
No momento certo,
Te roubo pra mim.
Bola de feno rola pelo campo,
Deserto.
Filme de faroeste americano.
Dois homens, um em cada canto.
Dois tiros.
Venceu aquele que não foi atingido.
" Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho, eu gravaria no metal da minha pele o teu desenho. "
Encontramos muitas pessoas,
Ao longo de nossas vidas.
Pessoas felizes, tristes.
Sãs ou cheias de feridas.
Algumas passam despercebidas,
Outras nos permanecem por toda a vida.
Tão bom encontrar pessoas boas.
De sorriso atoa.
Tão bom encontrar pessoas,
Que nos fazem melhor.
Que nos lançam, entrelaçam...
E desatam nossos nós.
Tão bom receber um sorriso,
De um estranho até.
Tão bom receber o carinho,
De pessoa qualquer.
É... O mundo é cruel,
Todo mundo sofre.
Receber atenção alheia,
É questão de sorte.
Mas vale ressaltar,
Que a sorte anda me sorrindo.
Entendo nas entrelinhas,
Que nossas vidas seguem uma linha só.
Elas se cruzam, se traçam, se misturam.
Se embolam, dando um nó.
Tente desfazer nossos laços,
Que eu te prendo com meu abraço.
Não te largo, não abro mão.
Não me rendo, não te deixo ir não.
Te laço, te abraço.
Te prendo, menina.
Te trago, te levo,
Te deixo comigo.
O que tem essa chuva comigo, amigo?
Quando eu quero, ela sempre vem.
Quando não quero também.
E quem dominaria a natureza?
Eu, com certeza,
não seria.
Nem queria.
Nem quero.
A chuva me molha.
Não vou me esconder.
Se ela quer, que caia. Me molhe.
Eu não vou correr.
Chego em casa ensopado,
Com sorriso estampado,
De criança arteira.
O vento dança,
A chuva cai.
O tempo anda,
Não volta mais.
A chuva que cai, refresca
Nem molha.
Quem me olha andando na chuva,
Me pergunta a loucura que tenho.
Tenho a loucura da indiferença,
Pelo que o senhor pensa.
O senhor, que tanto me diz,
Tem olhos tristes.
Parece não ser feliz.
Então não me julgue,
Me deixe seguir.
Na chuva ou seco.
No quente ou no frio.
Pois não tenho medo da vida,
Nem medo de me ferir.
Tenho medo sim,
De não ser feliz
Hoje acordei,
Com vontade de te querer comigo.
Não de desejo só como amor,
Mas também como amigo.
E abro mão de todas as incertezas,
Abro mão de tudo que é medo.
Abro mão de tudo que não é você.
Já é tarde,
Não posso dar bom dia.
Mas se fosse, te diria:
Bom dia! Bom dia! Bom dia!
Escrevo quase todos os dias,
Acho que escrevo mais do que deveria.
Escrevo sobre a vida, amores.
Sobre tristezas e alegrias.
Escrevo sobre o tempo, as flores.
Já falei que escrevo sobre amores?
Tenho sido assim.
Fiz do "escrever", parte de mim.
Fiz-me assim.
Quis-me assim.
Deixo o mundo de lado,
Faço meu mundo na ponta da caneta.
Na ponta dos dedos.
Dentro da cabeça.
Quero paz,
Prato principal.
Quero amor,
De sobremesa.
Beijo a solidão,
Que solenemente pede permissão.
Pede pra entrar,
Promete depois sair.
Venha cá, minha cara...
Sente-se aqui.
Vamos conversar sobre a vida,
Depois iremos dormir.
Noite fria,
Cama fria.
Hoje não vamos nos divertir.
E assim encerro.
Enterro o que há em mim.
Silêncio, vazio.
Enfim...
És verso e prosa.
Me dê duas notas.
Eu quero te cantar.
Quero-te canção,
Ao som de violão.
Ao vivo. Acústico.
Num quarto escuro.
Sem pausas, sem tempos...
Acorde.
Acordes te acordarão.
Poesia cantada,
Ao seu ouvido.
O nosso som será ouvido.
Nosso grito.
Nossa liberdade.
Nosso dia.
Nossa vida.
Poesia.
Canção.
Passa o dia,
Penso nos versos,
Na poesia.
Te diria,
Que poesia vivo.
Poesia sinto.
Poesia sou.
Meu coração cativo,
Da beleza que irradia.
Refém da leve alegria.
Pois esse jardim,
Que hoje você caminha,
Sou eu.
Mas acho que nem sabia.
Não pise nas flores,
Não pise na grama.
Não pise em meu peito.
A poesia me domina,
Me seduz, me fascina.
Me traz alegria, paixão, melancolia.
Sem ela eu nada seria.
Sem poesia eu não seria nada.
Não sou homem,
Sou menino.
Menino poeta,
Escrevendo seu livro.
Amando o desconhecido,
Se apaixonando. Escrevendo o seu livro.
Procure nas bancas,
Procure nas livrarias.
Mas o meu livro eu trago comigo.
Te dou essa página,
Por hoje é só, meu amigo.
Meu livro não se vende,
Vou deixá-lo escondido.
Beijo doce,
Trago comigo.
Beijo doce em teu rosto liso.
Beijo doce te dei,
Imaginei que seria.
Beijo doce, princesa,
Te darei um dia.
Beijo doce na testa,
Na ponta do nariz.
Te beijo pra ver seu sorriso,
Pra te fazer feliz.
Vontade de fazer poesia.
De falar sobre a lua que me vigia...
Me trazendo notícias tua,
Ou pelo menos, a lembrança.
Vontade de te encontrar,
Andando na minha rua.
Parando no meu portão.
Com suas bolsas, mochilas, sacolas.
Sorriso no rosto e calor no coração...
Mas acho que é só...
Só a minha imaginação
Em outros sorrisos te vi,
Em outros abraços te procurei.
Eu voltei,
Pois em nenhum outro lugar te achei.
Trouxe minhas malas,
Bagagens maiores dessa vez.
Um pedido de desculpas...
Com flores talvez.
Você vem com suas desculpas,
Achando que vou te perdoar.
Lamento, amigo.
Você deixou sua chance passar.
Enquando você me procurava,
Eu me achei.
Enquanto você viajava,
Eu me mudei.
Lamento,
Mas o seu tempo,
Não volta outra vez.
Dias cinzas,
Claream com teu sorriso.
E descobri que todo mundo precisa de um amor.
Pra se sentir seguro.
Fugir do medo,
Se esconder da dor.
Todo mundo precisa de alguém,
Que me faz tão bem,
Quanto você me faz.
E se nas curvas da estrada,
Eu achar teu sorriso,
Eu paro.
Não corro.
Caminho contigo.
Hoje a saudade vem,
Destruidora e silenciosa.
Destruindo o sol, a luz...
Levando todo o brilho embora.
E descubro, novamente,
Que sem teu amor não vivo,
Sobrevivo só,
Com a tv, o sofá e o vazio.
E o silêncio na casa é que mais dói
Sigo sem sua voz e seu sorriso.
Sigo. Apenas sigo.
Porque fez isso comigo?
Você destruiu com a dor,
O jardim que construí com amor.
Levou minha paz e meu sorriso.
Destruiu meu castelo, meu abrigo.
Você me fez vazio,
Levou contigo minha vontade de viver.
Adeus. Até nunca.
Eu não vou mais sofrer.
O meu enterro será ao amanhecer.
Se em teu amor me jogar,
E aos teus encantos me render.
Você iria me amar?
Iria corresponder?
Se te fizesse do meu mundo,
E seu sorriso fosse minha paz.
Você abriria mão de tudo?
Me amaria ainda mais?
Se meu mundo for teu mundo,
Se nosso pensamento seguir junto.
Será intenso o nosso amor.
Não haverá espaços para a dor.
Estive ao seu lado,
Todos esses dias.
Te abracei,
Mas até te beijaria.
Fui teu porto,
Tua saída.
Fui tua paz,
Tua calmaria.
Olhei teu olhar cruzando o meu.
Senti teu abraço mais sincero.
Te amo. Te quero.
Te espero.
O céu se fecha,
Mas teu sorriso é o meu sol.
Tua luz, incendeia minha vida,
Te acompanho, feito girassol.
Teu sorriso me clarea,
Feito fogueira em noite escura.
E quando de noite, sozinho, eu grito,
É você quem me escuta.
Já fui sozinho,
Já senti solidão.
Mas com você tenho paz,
Calmaria e mansidão.
Você é meu segredo,
Um amor oculto.
Existe nos meus sonhos,
Só existe em meu mundo.
Vida vazia,
Quem me olha de fora não me vê,
Só me espia.
Vida vazia,
De quem escreve poesia,
E não tem um amor.
E essa mania de fazer poesia,
Não me abandona, minha dona.
As palavras vão saindo,
Tão natural quanto o respiro.
Mania besta.
De quem diz que ama com a caneta.
Você não corresponde.
Enquanto eu me arrisco,
Você se esconde.
Mergulho sem medo,
Sem freio ou receio.
Você diz que se espanta,
Não sou ingênua, nem santa...
A verdade é que você tem medo.
E isso é o pior.
E do amor que sentia,
Sinto agora dó.
Meu amor era teu,
Eu era tua.
Mas quem não te atura,
Agora sou eu.
No nosso compasso a gente dança.
Meu samba eu deixo pra depois.
Deixo pra mais tarde.
Deixo a vida me levando,
Medo que vira-e-mexe me abraça.
Mas eu arrisco, petisco.
A "ficha" é de graça.
Na praça meu povo dança,
Meu bloco passa.
Na rua, meu carnaval não tem fim.
Sigo brincando de ser feliz.
Pintando meu peito e não só meu nariz.
E no fim, todo mundo canta.
Mas não se atreva a me dizer,
Como devo fazer o meu samba.
O vento sopra forte,
Tanto quanto aguento.
Balanço,
Mas não empeno.
De cara lavada,
Coração limpo.
Comemoro, festejo.
Fora do limbo.
Pedimos a Deus, novidades.
Dizemos adeus, tempestade.
Vento que batia na porta,
Agora não bate.
Só bate a felicidade.
Bate bate e nunca machuca.
Você veio sem eu chamar.
E quando vi, estava ali.
Teu corpo nu em frente ao meu,
Não sei porque,
Nem medo deu.
Teu corpo,
Tuas curvas.
Teu jeito de me enlouquecer.
Eu mergulho.
Em você me afogo.
Vejo no teu rosto o prazer.
Foram primeiras, segundas, terceiras...
Nem vi o dia amanhecer.
E agora, vejo você partir,
Sem promessas, sem peso e nem culpa.
Não somos amantes, não nossos amigos.
Somos agora, menos desconhecidos.
E se vier outras vezes,
Será sempre bem-vinda.
Sem explicações, sem avisos.
Sem compromisso.
No peito cresce a esperança,
Ela dança.
Ao som da nossa canção.
No peito reacende uma luz,
Me seduz,
Como inspiração.
O primeiro beijo,
O desejo.
Do teu corpo colado ao meu.
A mão na cintura,
Na bunda.
o meu corpo é o mesmo que o seu.
Seu corpo atraente,
Me acende.
Me faz te querer.
Seu olhar mortal,
Quase fatal.
Que da morte, me fez viver.
Agora, contemplo o teu sorriso,
E de tão lindo.
Me fez te amar.
Se a solidão me abraça,
Não importa o que eu faça,
Ela não irá sair.
Então eu me rendo,
Não tento...
Deixou-a ficar aqui.
Se me cerca o medo,
Pra quê segredo?
Quem nunca o sentiu.
Então não me engano,
Só me canso.
Sentindo a dor que me partiu.
E me sobra a indiferença,
A falta de crença,
Nesse mundo que já ruiu.
E desejo somente,
Solenemente...
Que tudo vá pra puta que pariu.
Hoje mal consegui dormir...
Pensei no Jasper, no Hig, na Cima...
Pensei na doença,
Pensei nas famílias..
Me senti só..
Senti medo.
Solidão e desespero,
Que só tem quando se acaba um livro...
Não existem mais páginas,
Somente o vazio.
Me resta somente a companhia das estrelas...
Durmo só,
Acordo sozinho.
Sem companhia.
Só a minha.
A mim mesmo.
Sem medo.
Sem direito a tê-lo.
Sem desculpas.
Só. Sem dó.
Leve e doce solidão.
Ou não.
Que seja...
No fim, tudo é igual.
Dia bom e dia mal,
Se misturam,
Se igualam.
E por fim concluo,
Nem um pouco receoso.
É, eu sei..
Preciso de um cachorro. =D
No verde dos teus olhos,
Mergulho como se fosse mar.
Como se fosse encontrar,
Os segredos da tua alma.
As vezes acho,
Eu acho.
As vezes penso achar...
Sei lá...
Seu amor foi miragem.
Foi só de passagem.
Foi só ilusão.
Seu amor é passado.
Esta atrasado.
É como o último verão.
Foi divertido.
Foi até engraçado.
Mas agora é livro esquecido.
Guardado, gasto, amassado.
Seu amor é passado.
Seu amor antes de ser, já era.
Quem me dera...
Se eu já não estivesse atrasado.
Seu amor já era!
Mas o meu, ainda te espera
Nas curvas da vida.